Novos sensores previnem colapso de infraestruturas

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Um dos desafios na construção de estradas é prevenir os riscos de colapso, sendo que os fenómenos climáticos extremos podem desencadear cada vez mais derrocadas.

Um dos desafios na construção de estradas é prevenir os riscos de colapso, sendo que os fenómenos climáticos extremos podem desencadear cada vez mais derrocadas. Há soluções tecnológicas no horizonte?

É na região de Toledo, em Espanha, que está a ser testado um método inovador para evitar aluimentos em vias rodoviárias. Estes acessos terraplanados são feitos de um material compacto que consiste numa rede de têxteis disposta ao longo de camadas.

“Geralmente, este tipo de sistema tem duas funções: primeiro, reforça toda a construção; segundo, ajuda a monitorizar eventuais deformações neste tipo de estruturas. Nesta experiência em concreto que realizamos agora, estamos a medir as deformações que ocorrem dentro do aterro através de sensores de fibra ótica, integrados na estrutura têxtil”, explica-nos Paolo Corvaglia, engenheiro de materiais.

#MULTITEXCO demo activities shooted by Euronews #Acciona#DAppolonia#geotextiles#AlpeAdriaTextilTexClubTec</a> <a href="https://t.co/q8kIADfShm">pic.twitter.com/q8kIADfShm</a></p>&mdash; MULTITEXCO Project (MULTITEXCO_FP7) July 16, 2016

Isto é, trata-se da mesma tecnologia que é amplamente utilizada nas telecomunicações. Só que, neste caso, os sensores consistem em cabos ainda mais estreitos. Um dos testes assenta em inundar o aterro. O interior da estrutura deforma-se, pressionando a malha têxtil que foi aplicada. A tensão é medida pelos sensores que transmitem essa informação.

“Os sensores de fibra ótica funcionam da seguinte maneira: enviamos um feixe de luz através do cabo e analisamos o sinal que é refletido, e que nos mostra as variações sofridas. Isso permite-nos apurar rapidamente as deformações ao longo de cada ponto da extensão”, diz a especialista Angela Coricciati.

A fibra ótica recolhe e transmite dados, o que simplifica a estrutura do dispositivo. Os materiais não são dispendiosos e resistem à interferência eletromagnética. Pode igualmente ser operada nas imediações de materiais inflamáveis, uma vez que não depende de corrente elétrica. Segundo Paolo Corvaglia, “são sensores muito estáveis. Não é preciso recalibrá-los periodicamente. Aguentam contextos mais agressivos a nível geotécnico. E permitem também efetuar leituras de longo prazo.”

O objetivo é poder instalar estes dispositivos em todas as infraestruturas rodoviárias que estejam particularmente sujeitas a inundações, deslizamentos de terra ou outros riscos para a sua integridade.

Aldo Tempesti, coordenador do projeto Multitexco, afirma que “esta tecnologia permite várias utilizações para além da construção de estradas. Pode ser usada, por exemplo, para monitorizar a estabilidade de edifícios na sequência de terramotos. Ou então em estruturas arquitetónicas de pouca espessura, que recorram à tensão, para medir as vibrações que possam ocorrer.”

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