Itália interroga-se após suícidio devido a bullying nas redes sociais

Itália interroga-se após suícidio devido a bullying nas redes sociais
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O suicídio de uma mulher de 31 anos vítima de bullying nas redes sociais durante um ano e meio está a chocar Itália.

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O suicídio de uma mulher de 31 anos vítima de bullying nas redes sociais durante um ano e meio está a chocar Itália. Tiziana Cantone pôs um termo à vida na terça-feira, em Mugano, perto de Nápoles. A morte surge na sequência de uma batalha legal para que fossem retirados da internet imagens de cariz sexual. O pesadelo começou quando Tiziana Cantone enviou um vídeo a um antigo namorado para lhe provocar ciúmes. Na gravação ouvia-se a mulher a perguntar ao parceiro sexual se estava a filmar e a felicitá-lo por isso. A frase inspirou um número incontável de memes.

Os riscos da internet e das redes sociais estão por isso na ordem do dia em Itália, pelo que falámos com Antonello Sordo, presidente da autoridade italiana de proteção de dados, para quem é necessário “tornar mais rápido o processo de retirar da internet vídeos ou mensagens perigosas. A autoridade tem o poder de bloquear rapidamente das plataformas sociais vídeos ofensivos. A verdadeira dificuldade é bloqueá-los por toda a internet.”

Para o alto-funcionário transalpino, é preciso “investir na educação digital, na educação cívica digital. Temos de fazer com que toda a gente perceba que a dimensão digital é uma dimensão real que faz parte da vida real. Pelo que se torna necessário investir na educação desde o início do percurso escolar. As nossas crianças devem aprender a utilizar as redes sociais e os riscos da internet, da mesma forma que aprendem uma língua estrangeira.”

Quanto à relação com os gigantes da internet, “as autoridades italianas, tal como as outras, estão em contacto permanente com os fornecedores de plataformas sociais. No passado a relação era bastante difícil porque não reconheciam a jurisdição das autoridades europeias. Hoje posso dizer que foram feitos alguns progressos.”

Finalmente, Antonello Sordo afirma que não se deve “condenar a internet pela violência mas deveríamos poder culpar quem usa a internet de forma violenta.”

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