O banco ING vai despedir 7 mil funcionários na Bélgica e na Holanda até 2021.
Suprimir empregos no Ocidente, ou deslocar empregos para zonas mais baratas, faz parte da estratégia para reduzir os custos numa época de baixas taxas de juro.
O banco ING vai despedir 7 mil funcionários na Bélgica e na Holanda até 2021. dois mil e vinte e um. O banco confirma assim os rumores que circulavam.
Os sindicatos criticam a medida. Ike Wiersinga, do sindicato holandês CNV, estima que “não era a intenção do governo quando salvou o banco”.
Trata-se da maior reestruturação do ING desde 2009, quando foi resgatado pelo governo holandês devido à crise financeira.
As supressões agora anunciadas correspondem a 12% da força laboral. O ING emprega 52 mil pessoas.
O banco quer poupar cerca de 900 milhões de euros, para investir nas plataformas digitais nos próximos cinco anos e adaptar-se às novas exigências dos clientes.
Os despedimentos no setor bancário sucedem-se. O analista de mercados, da CMC Markets, Jasper Lawler explica: “Suprimir empregos no Ocidente, ou deslocar empregos para zonas mais baratas, faz parte da estratégia para reduzir os custos numa época de baixas taxas de juro, o que reduz a capacidade de retorno sobre investimento por parte das empresas financeiras e de ganhos sobre os empréstimos por parte dos bancos”.
O ING junta-se assim à longa lista de despedimentos feitos nos últimos tempos no setor bancário na Europa.
Commerzbank, Banco Popular Espanol e ABN Amro, juntos, vão eliminar mais de 20 mil empregos. O Deutsche Bank poderá anunciar o corte de mais mil postos de trabalho, para lá dos 9 mil revelados em outubro do ano passado.