Síria: EUA e Rússia de costas voltadas

Washington suspendeu as negociações com Moscovo para um cessar-fogo na Síria.
Os Estados Unidos responsabilizam a Rússia pelo fim das conversações bilaterais para acabar com uma guerra que já provocou mais de 300 mil mortos.
A porta-voz do Departamento de Estado norte-americano justifica a decisão.
“A Rússia e o regime sírio escolheram o caminho militar, incompatível com a cessação das hostilidades, como ficou demonstrado pelos intensos ataques contra áreas civis, atingindo infraestruturas críticas tais como hospitais, e impedindo a chegada de ajuda humanitária a civis necessitados” refere Elizabeth Trudeau.
Esta segunda-feira, pelo menos seis pessoas morreram durante mais um bombardeamento contra o maior hospital da zona controlada pela oposição a Bashar Al-Assad na cidade sitiada de Alepo.
Trata-se do terceiro ataque em menos de uma semana contra o hospital designado por M10. Testemunhas apontam o dedo à aviação russa.
País aliado de Bashar Al-Assad, a Rússia critica o apoio norte-americano à oposição síria, cada vez mais conotada com o extremismo.
Na cidade de Hama, controlada pelo regime sírio, dois bombistas suicidas fizeram-se explodir provocando um número indeterminado de mortos. Os ataques que visaram um comissariado da polícia e a sede do Partido no poder já foram reivindicados pelo autoproclamado Estado Islâmico.