Dubai mostra a importância da indústria halal no planeta

Dubai mostra a importância da indústria halal no planeta
De  Antonio Oliveira E Silva com RITA DEL PRETE
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A Cimeira Global Islâmica, realizada em Dubai, Emirados Árabes Unidos, em outubro, é uma ocasião para Euronews dar a conhecer a importância da indústria halal.

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Com Rita del Prete, correspondente em Dubai

A Cimeira Global sobre a Economia Islâmica (GIES, pela sigla em língua inglesa) pretende ser um fórum sobre a economia ligada à religião maometana.

O Islão é a segunda religião do globo e uma das que mais cresce. Calcula-se cerca de 23% dos habitantes da Terra sejam de confissão muçulmana, ou seja, 1,6 mil milhões de pessoas.

Pessoas, crentes, Seres Humanos e, para muitos industriais do setor halal, também consumidores.

Um produto halal provém de um determinado grupo de animais. O consumo do porco e seus derivados, é assim, proibido para os que queiram seguir a religião muçulmana, assim como o álcool, que são, neste caso, haram, ou seja, pecado.

Mas halal abarca mais do que uma lista de alimentos permitidos e proibidos.

Trata-se um conceito utilizado para descrever tudo o que é permitido ou lícito nas várias dimensões da vida segundo as leis de Allah (Deus), por oposição a tudo o que é haram ou proibido e pecado.

A forma como é abatido o animal é determinante. Podem ser halal os alimentos de origem animal, mas também os seus derivados. Em suma, toda série de produtos que constituem uma verdadeira indústria.

Amina Ahmed Mohamad, do Fórum Internacional de Acreditação Halal, explicou à Euronews que se trata de uma indústria que abarca todo um estilo de vida:

Halal é mais do que comida. Podem ser produtos de beleza, material farmaceutico e material utilizado na confeção de comida. Tudo isso pode ser halal.”

Abdul Rob, fundador da HalalEat, é da mesma opinião. E explicou à Euronews que a indústria halal fornece produtos para o mundo inteiro:

“Queremos dar a conhecer todos os domínios do halal para além da comida, desde as viagens à finança, de forma a chegarmos a um público internacional. Há pessoas para quem halal é um estilo de vida, como muitos muçulmanos do planeta.”

A verdade é que milhões de pessoas em todo o mundo parecem prontas a preferir produtos halal.

Um mercado com muito potencial que se extende muito além dos países de maioria muçulmana, como a Indonésia, a Malásia, Marrocos ou o Paquistão. De Riade a Los Angeles, passando por Londres e Joanesburgo e a região de Paris, o mercado halal encontra-se em crescimento constante.

Segundo a correspondente da Euronews em Dubai, o consumo de produtos halal poderia subir quase 11% ao ano até 2019, o que poderia traduzir-se em superiores a 3,3 biliões de euros, de acordo com os dados do último relatório económico global islâmico.

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