ONU e Amnistia Internacional alertam para situação dos civis em Mossul

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De  Ricardo Figueira
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O relatório da Aministia Internacional é particularmente duro para as forças iraquianas e para as milícias que combatem o Daesh.

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A ONU teme que a ofensiva para recapturar Mossul cause uma das maiores crises humanitárias desde que o conflito contra o grupo Estado Islâmico começou.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) está preocupado com o grande número de civis na cidade. O conflito pode causar um número incalculável de baixas e a segurança daqueles que tentarem fugir não está garantida.

“Há receios reais de que a ofensiva para tomar Mossul produza uma catástrofe humanitária que resulte num dos maiores êxodos causados pelo homem, nos últimos anos. Há atualmente 3,3 milhões de iraquianos deslocados, cerca de um décimo da população iraquiana. As agências humanitárias preveem que a ofensiva para retomar a segunda maior cidade do Iraque cause um milhão ou mais deslocados”, diz o porta-voz do ACNUR, William Spindler.

Campos de refugiados como o de Debaga, a poucos quilómetros de Mossul, podem agora vir a conhecer um aumento exponencial na população: “O ACNUR frisa que os residentes de Mossul à procura de refúgio não devem ser impedidos de fugir. Devem ter acesso às áreas seguras, incluindo os campos de emergência localizados a uma distância razoável da linha da frente e livres da presença de milícias”, frisa Spindler.

“Thank God, life here is better” – Iraqi woman fled #Mosul and is now in Debaga Camp in Kurdistan Region of Iraq https://t.co/3tMJYzMdTppic.twitter.com/tfWRbae8G4

— UN Refugee Agency (@Refugees) October 18, 2016

A Amnistia internacional publicou esta terça-feira um relatório sobre a situação dos civis em Mossul, muito duro para as milícias que combatem o grupo Estado Islâmico. O nome do relatório é “Punidos pelos crimes do Daesh”. O documento denuncia alegados abusos sobre os civis por parte das milícias paramilitares e das forças governamentais e baseia-se em entrevistas com 470 antigos detidos, testemunhas e familiares de pessoas mortas, desaparecidas ou presas.

Every effort must be made to protect civilians from the onslaught of war and potential revenge attacks in #Mosul. https://t.co/SPTy3sGjfW

— AmnestyInternational (@amnesty) October 17, 2016

Se para a Amnistia Internacional e para a ONU a situação é inquietante, parece haver uma instituição para a qual Mossul é o sítio mais pacífico do mundo: Falamos do próprio Daesh, que através da agência de informação que possui divulgou imagens que mostram uma cidade pacata, onde não acontece nada de especial.

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