O exército iraquiano realizou esta terça-feira a primeira incursão dentro da cidade de Mossul, três semanas após o início da ofensiva militar contra o bastião do grupo Estado…
O exército iraquiano realizou esta terça-feira a primeira incursão dentro da cidade de Mossul, três semanas após o início da ofensiva militar contra o bastião do grupo Estado Islâmico.
Os militares, apoiados pela aviação norte-americana, conseguiram abrir uma primeira brecha a leste, no subúrbio de Gogjali, tendo assumido o controlo da televisão local.
Segundo a ONU, os combatentes islamitas teriam tentado transportar cerca de 25 mil civis para a área para tentar travar o avanço das forças iraquianas.
“O grupo Estado Islâmico está a levar civis para o interior de Mossul. Sabemos também que estão a colocar pessoas junto dos seus escritórios e instalações para serem alvos militares. Isto parece confirmar o receio de que o grupo esteja a planear utilizar estas pessoas como escudos humanos para impedir qualquer intervenção militar numa área densamente povoada”, segundo Ravina Shamdasani, do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos.
Em paralelo, a organização Human Rights Watch denuncia a retenção por um período indefinido de vários refugiados de Mossul, resgatados pelo exército do curdistão iraquiano.
A batalha está a aumentar a tensão internacional entre o Iraque e a Turquia, que começou a mobilizar o seu exército junto à fronteira dos dois países.
Ancara afirma-se pronta a evitar que os separatistas curdos possam ocupar a região. O primeiro-ministro iraquiano advertiu para as consequências de uma intervenção turca no país.