Síria: Rebeldes recusam render-se enquanto combates se intensificam em Alepo

Síria: Rebeldes recusam render-se enquanto combates se intensificam em Alepo
De  Dulce Dias com REUTERS, AP
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Rebeldes sírios de Alepo prometem continuar a lutar quando os ataques aéreos de Damasco se intensificam. Os desta quarta-feira provocaram 45 mortos

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Os rebeldes sírios de Alepo não vão render-se, garante uma fonte da rebelião, que promete continuar a lutar, quando os ataques aéreos de Damasco se intensificam, na zona leste da cidade, atingindo mesmo áreas da cidade antiga.

Nos últimos dias, dos terços da zona leste de Alepo foram reconquistados.

Os bombardeamentos desta quarta-feira provocaram, pelo menos, 45 mortos e mais uns milhares de refugiados, sobretudo mulheres e crianças.

45 Civilians killed early this morning by #Assad shells while they're trying to flee from East to West besiege #AleppoSyriaCivilDef</a> <a href="https://t.co/DcSSFUAES5">pic.twitter.com/DcSSFUAES5</a></p>&mdash; Ahmad Alkhatib (AhmadAlkhtiib) 30 novembre 2016

“Mais de 8500 civis, incluindo cerca de 4000 crianças, escaparam das zonas controladas por grupos armados, que incluem a Jabhat Fateh al-Sham (antiga Frente Nusra), aproveitando-se do caos da retirada dos rebeldes”, explicou Maria Zakharova, porta-voz do ministério russo dos Negócios Estrangeiros.

Segundo a Cruz Vermelha, desde domingo, 20.000 pessoas fugiram da zona leste de Alepo e, desde agosto, mais de 40.000 abandonaram zona de combate na área ocidental.

Segundo o Observatório Sírio dos Direitos do Homem, sediado em Londres, Damasco estará a deter centenas de pessoas que fogem da zona rebelde. Fontes militares sírias dizem tratar-se apenas de controlos de identidade – para confirmar que não haja rebeldes escondidos entre a população em fuga – e quem não tenha papéis é transportado para “zonas específicas”.

“Estamos extremamente preocupados com a situação, em especial das crianças”, diz a porta-voz do Programa Alimentar Mundial da ONU, Bettina Luescher, que continua: “as crianças são muito mais vulneráveis do que os adultos e ficam fragilizados muito mais depressa.”

Segundo a UNICEF, mais de 100.000 crianças continuam a habitar na zona leste de Alepo e vivem um “verdadeiro inferno”, garante a organização.

Desde o início do ano, na Síria, 84 escolas foram atacadas, provocando a morte de 69 crianças.

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