Donald Trump diz que o Reino Unido fez bem em decidir sair da União Europeia, que a política migratória da chanceler alemã foi um “erro catastrófico” e que a NATO está…
Donald Trump diz que o Reino Unido fez bem em decidir sair da União Europeia, que a política migratória da chanceler alemã foi um “erro catastrófico” e que a NATO está “obsoleta”.
As declarações foram feitas numa entrevista ao jornal britânico The Times of London e ao alemão Bild, a poucos dias de assumir a presidência dos Estados Unidos.
Trump afirmou que pretende oferecer ao Reino Unido um acordo comercial rápido e “justo” pós-Brexit.
Donald Trump, in his first UK interview: 'I'll do a deal with Britain' https://t.co/ZYujCuYonl #tomorrowpaperstoday pic.twitter.com/a0frHcYuu2
— The Times of London (@thetimes) 15 janvier 2017
“Penso que o Brexit acabará por ser uma coisa ótima. Eu previ-o, mas recebi críticas incríveis. E disse: ‘É porque as pessoas não querem que outras pessoas venham e destruam o seu país. Penso que o Reino Unido foi muito esperto em sair.”
O presidente-eleito dos Estados Unidos disse que a chanceler alemã é “de longe, a mais importante líder europeia”, mas criticou fortemente a política de “portas abertas” de Angela Merkel, que permitiu a entrada de mais de 1 milhão de refugiados desde 2015:
“Tenho grande respeito por ela, penso que é uma grande líder. Mas acho que ela fez um erro bastante catastrófico, ao receber todos esses ilegais, aceitando todas as pessoas, independentemente de onde vinham… E ninguém sabe realmente de onde vêm…”
Tal como fez durante a campanha, Trump voltou a criticar a NATO e os aliados, que diz não cumprirem com a sua parte, quando os Estados Unidos asseguram, por si só, cerca de 70 por cento das despesas militares da Aliança Atlântica:
“Disse há muito tempo que a NATO tem problemas e um deles é que está obsoleta, porque foi desenhada há muitos, muitos anos. E, em segundo lugar, os países não estão a pagar o que devem.”
Com um desejo de aproximação com o Kremlin que inquieta os parceiros da NATO, Trump evocou ainda a possibilidade de pôr fim às sanções contra a Rússia, em troca de um acordo de redução das armas nucleares com Vladimir Putin.