Catalunha: Processo de independência avança indiferente às pressões de Madrid

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No início de fevereiro deste ano, o governo catalão anunciou que vai ativar o sistema informático que permite cobrar todos os impostos pagos pelos habitantes da Catalunha, incluindo os que são atualme

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Em janeiro de 2016, Artur Mas passa o testemunho a Carles Puigdemont. É uma saída forçada para que a sua coligação pró-independência ‘Junts pel Si’ (Juntos pelo Sim) possa governar a Catalunha e prosseguir com a missão de avançar com o processo de secessão de Espanha.

Sem uma maioria absoluta, este foi o preço a pagar para que a coligação heterogénea obtivesse o apoio dos deputados antissistema da CUP, a Candidatura de Unidade Popular.

Em dezembro de 2016, os grupos partidários da separação reúnem-se em Barcelona e fixam a data de um novo referendo para setembro de 2017.

“O fio condutor, o que nos une é a vontade de realizar na Catalunha um referendo sobre qual irá ser a relação entre a Catalunha e Espanha e de estabelecer um acordo com o Estado espanhol”, afirma então Carles Puigdemont.

O dirigente catalão é recebido em Madrid, mas a posição do governo espanhol não se altera. Como já tinha acontecido com Artur Mas, o primeiro-ministro, Mariano Rajoy, repetiu ao sucessor, Carles Puigdemont que o referendo é ilegal e portanto não produzirá efeitos.

O Tribunal Constitucional voltou a vetar o processo e lançou um aviso a Puigdemont e à presidente do Parlamento catalão, Carme Forcadell, que é alvo de um inquérito da procuradoria por desobediência porque autorizou o Parlamento a passar uma série de resoluções para facilitar o processo de independência.

Entretanto, no início de fevereiro deste ano, o governo catalão anunciou que vai ativar, no dia 1 de julho, o sistema informático que permite cobrar todos os impostos pagos pelos habitantes da Catalunha, incluindo os que são atualmente cobrados pelo Estado espanhol. O governo regional admite também antecipar a data do referendo.

Com cerca de 7,5 milhões de habitantes, a Catalunha é uma das regiões mais ricas de Espanha e onde o sentimento independentista é mais forte. Segundo uma sondagem publicada em dezembro, 46,8% dos habitantes são contra a independência e 45,3% desejam separar-se de Espanha.

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