Holanda: Wilders lança campanha eleitoral com novos insultos contra muçulmanos

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O partido populista holandês lançou, este sábado, a campanha para as legislativas de 15 de março com novos insultos à comunidade muçulmana do país.

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O partido populista holandês lançou, este sábado, a campanha para as legislativas de 15 de março com novos insultos à comunidade muçulmana do país.

O candidato do Partido da Liberdade, Geert Wilders, deslocou-se a um subúrbio industrial de Roterdão para apelar os eleitores a “resgatar o país” contra o que considerou ser “a escória marroquina”.

“Vejam a islamização, como deixámos o terrorismo entrar no país. Como deixámos avançar a escória marroquina sem agirmos contra eles, enquanto as pessoas normais são multadas por excesso de velocidade”, afirmou Wilders durante um comíci em Spijkenisse, junto ao porto de Roterdão.

Confrontado com as declarações após o comício, Wilders tentou retificar:

“Nem todos são escória, mas há muita escória marroquina na Holanda, a maioria jovens, que não são levados a sério. Isto aumenta a insegurança e isto tem que mudar”.

O programa anti-muçulmano e eurocético de Wilders, coloca para já o seu partido à frente nas sondagens com 17% das intenções de voto.

Uma posição xenófoba que levou todos os restantes partidos a rejeitar governar em coligação com a formação.

Uma manifestante anti-Wilders afirma:

“Estou muito assustada com as coisas que ele pode fazer. Muita gente habitou-se a isto e deixaram de protestar, mas penso que é importante levantar a voz, para dizermos que não estamos de acordo com o que se está a passar e dizê-lo aos seus eleitores, que não parecem conhecer o candidato em que querem votar”.

Um discurso rejeitado igualmente pelo atual primeiro-ministro, Mark Rutte, que se apresenta a um terceiro mandato como a única alternativa.

O político liberal regista, no entanto, uma recuperação nas sondagens, depois de insistir no tema da imigração, após ter apelado a abandonar o país, “todos aqueles que não respeitam os valores holandeses”.

A campanha é acompanhada com algum temor e incredulidade pela população muçulmana. Segundo um estudo do ministério dos Assuntos Sociais, 40% da população turca e marroquina do país afirma não se sentir aceite no território.

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