Malásia quer comparar ADN do meio-irmão do líder norte-coreano

As autoridades da Malásia declararam o aeroporto da capital, como uma “zona segura”, depois do ataque com um agente químico que provocou a morte do meio-irmão do líder norte-coreano na semana passada.
O ministro da Saúde malaio, Subramaniam Sathasivam, confirmou que o homem faleceu num curto período de tempo (15 a 20 minutos), a caminho do hospital, com sintomas de uma paralisia grave.
O ministro quer ainda confirmar a identidade do corpo:
“O outro desafio que enfrentamos é o de identificar o corpo, que é o próximo processo. O melhor seria ter uma amostra de sangue de um familiar, para podermos extrair e comparar ADN de forma mais precisa. Vamos trabalhar com a polícia para ver como podemos obter este tipo de material”.
A Coreia do Norte rejeita para já participar na investigação, quando recusa reconhecer a verdadeira identidade da vítima, oficialmente, “um cidadão norte-coreano”.
Pyongyang não forneceu até agora mais detalhes sobre quatro norte-coreanos que teriam fugido da Malásia no dia do crime, assim como sobre um diplomata do país que poderia ter importado o agente químico.
A autópsia ao corpo de Kim-Jong-Nam tinha revelado uma alta concentração de agente VX, uma substância neurotóxica, considerada como uma “arma de destruição maciça” pela ONU.
A polícia da Malásia descartou a possibilidade do produto poder contaminar outras pessoas, depois de ter passado em revista o Terminal 2 do aeroporto de Kuala Lumpur, declarado este domingo como uma “zona segura”.
Segundo o chefe da polícia de Selangor, Abdul Samah Mat:
“Nós confirmamos, em primeiro lugar que não encontrámos materiais perigosos, em segundo lugar, que não detetámos qualquer forma de contaminação, e finalmente que o terminal foi declarado uma ‘zona segura’”.
Desde o ataque, no dia 13, que milhares de passageiros tinham passado pela mesma zona.
O inquérito prossegue agora para apurar a responsabilidade do assassínio, quando três suspeitos permanecem detidos, entre os quais as duas mulheres que levaram a cabo a ação.
As suspeitas afirmam ter recebido 90 dólares para lançarem o líquido ao rosto de Kim, pensando tratar-se de uma brincadeira para um programa de televisão.
O terceiro suspeito detido é um cidadão norte-coreano, cuja ligação ao crime ainda está a ser investigada.