Parece haver ventos de mudança na Alemanha e tudo leva a crer que são favoráveis aos social-democratas.
Parece haver ventos de mudança na Alemanha e tudo leva a crer que são favoráveis aos social-democratas. Os dias de Angela Merkel aos comandos do país podem estar contados até setembro.
O candidato à chancelaria pelo SPD, o antigo presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, está em ascensão nas sondagens e a dar ao partido os melhores prognósticos eleitorais da última década.
Apesar de Schulz ainda não ter apresentado o seu programa eleitoral e ser e de não ter um passado político na Alemanha, alguns analistas falam do efeito Schulz uma espécie de “Schulzmania” que está a crescer progressivamente desde que se declarou candidato à chancelaria em Janeiro.
As sondagens têm-lhe dado um empate técnico com Angela Merkel e, a mais recente, encomendada pela estação pública de televisão ARD, dá-lhe mesmo uma ligeira vantagem. Esta sondagem atribui 32% a Schulz e 31% a Angela Merkel, se as eleições se realizassem agora. Numa outra sondagem em que se pergunta às pessoas qual o partido que querem que governe a Alemanha a resposta é sem equívocos. O SPD é o preferido.
Alguns analistas acreditam que o efeito Schulz deve-se ao facto de os alemães estarem simplesmente fartos de 12 anos de governo de Merkel. Até há pouco mais de um mês, a maioria acreditava que ela ganharia de novo as eleições em Setembro, mas agora, muitos eleitores vêm nele uma alternativa credível e realista.
O surgimento do ex-presidente do Parlamento Europeu na política interna da Alemanha coincide com a crescente influência do movimento anti-imigração AFD – Alternativa para a Alemanha -, uma força que faz as manchetes da imprensa mas que não tem tido impacto significativo nas eleições.
Os alemães votam daqui a sete meses, um tempo demasiado longo para previsões.