Itália: Incêndio no "Grande Gueto" mata dois refugiados do Mali

Itália: Incêndio no "Grande Gueto" mata dois refugiados do Mali
De  Nara Madeira
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Dois refugiados africanos morreram carbonizados num incêndio, ao início da madrugada de sexta-feira, naquele que ficou conhecido como o “Grande Gueto”, em…

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Dois refugiados africanos morreram carbonizados num incêndio, ao início da madrugada de sexta-feira, naquele que ficou conhecido como o “Grande Gueto”, em Itália. O fogo propagou-se rapidamente às estruturas de madeira, plástico e cartão.

Este “bairro” clandestino, localizado numa área rural, perto da cidade de San Severo, começou a ser desmantelado no primeiro dia de março. Na fatídica noite estariam no local entre uma a duas centenas de pessoas.

“Eles eram do Mali, eram realmente jovens, penso que de 1984 e 1981. Demasiado jovens… O problema é que não temos para onde ir. Eles só precisavam de um lugar para dormir e perderam a vida”, adianta Ibou Traore, apresentado como porta-voz do “gueto”.

O que levou a este incêndio, de proporções incalculáveis, está por esclarecer mas os investigadores não excluem a hipótese de mão criminosa.

O autarca local tinha ordenado a evacuação do campo de 5.000 m2, que chegou a albergar cerca de 350 pessoas que trabalhavam em explorações agrícolas da região.

As autoridades locais tinham destinado dois edifícios para receber estes refugiados, que adiantam não serem suficientes para receber toda a gente. Os meios de comunicação locais dizem também que, para estas pessoas, era importante estar perto daqueles que lhes forneciam trabalho.

A justiça suspeita que o local e o trabalho destes refugiados fossem controlados por redes criminosas locais.

Este não foi o primeiro incêndio neste bairro clandestino. Mas foi o primeiro que fez vítimas mortais:

Era assim em 2014, o “Grande Gueto”

O “Grande Gueto” em agosto de 2016

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