Mulher: Um dia para dar voz às lutas de todos os dias

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Em Nova Iorque o Dia Internacional de Mulher tem como ícone, este ano, uma menina.

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Em Nova Iorque o Dia Internacional de Mulher tem como ícone, este ano, uma menina. Ou melhor, a estátua de uma menina colocada ao lado do simbólico touro da alta finança. Os organizadores – A State Street Global Advisors – querem chamar a atenção para a diferença de salários entre homens e mulheres e para o défice de mulheres nos órgãos diretivos das grandes empresas.

A porta-voz da organização, Lori Heinel explica: “Aquilo que sabemos é que as mulheres representam mais de metade da populaçáo e que, nas empresas americanas, não estão devidamente representadas ao nível da liderança em cargos como CEO’s – Presidentes de conselhos de administração – ou altos executivos. Pensamos que estamos realmente a desperdiçar a oportunidade de proporcionar às mulheres as contribuições a que elas aspiram de forma a criarmos mais progresso económico no mundo”.

Uma das mensagens deste Dia Internacional da Mulher foi tentar passar um dia sem mulheres: ou seja, um dia em que as mulheres deveriam fazer greve. Algumas fizeram mesmo, o que levou nomeadamente ao encerramento de algumas escolas. Às que não fazem greve, os organizadores pediram que não façam compras em comércios propriedade de mulheres e não usem roupas vermelhas.

Em Londres, o Dia da Mulher foi assinalado já no domingo com um desfile de milhares de pessoas nas ruas da cidade. Uma marcha contra a discriminação de género. O presidente da câmara da cidade, Sadiq Khan esteve lá com esta mensagem: “O principal no dia de hoje, aquilo que estamos a tentar transmitir, é a luta pela igualdade. O feminismo não deveria ser só para as mulheres. Todos nós, homens, mulheres, rapazes e raparigas, que sejam velhos, novos, ricos ou pobres precisam de perceber que isto é uma luta por todos nós”.

A desigualdade de géneros está bem enraizada e apresenta diversas facetas. As mulheres são privadas de escolaridade, forçadas ao casamento, impedidas de votar em muitos locais do mundo. Em alguns países, como a católica Polónia, as mulheres manifestaram-se contra os planos do governo de endurecer a legislação sobre o aborto.

A ativista dos direitos das mulheres, Karolina Wieckiewicz, explica a razão do protesto: “Protestamos contra a lei que limita o aborto e contra a probição da contraceção, mas também pelo facto de não termos nenhum apoio quando queremos ter filhos porque a procriação ‘In vitro’ não é autorizada e os processos de adoção são muito limitados”.

Na Turquia, a polícia deteve 23 pessoas que manifestavam contra a violência doméstica. Apesar de os direitos das mulheres terem melhorado no país, a violência contra as mulheres não diminuiu. De acordo com o jornal “Hürriyet”, a ONG “We will Stop Femicides” contou mais de 1000 assassinatos de mulheres entre 2010 e 2015. Mais de metade foram cometidos pelos maridos ou namorados, sobretudo em casos em que as mulheres querem a separação ou o divórcio.

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