Holanda: legislativas testam hoje sentimentos nacionalistas e anti-imigração

Holanda: legislativas testam hoje sentimentos nacionalistas e anti-imigração
De  Rodrigo Barbosa
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Os holandeses votam hoje em legislativas vistas como um teste aos sentimentos nacionalistas e anti-imigração, amplificados pela crise diplomática com a Turquia.

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Os holandeses votam hoje em legislativas vistas como um teste aos sentimentos nacionalistas e anti-imigração, amplificados pela crise diplomática com a Turquia.

Com um número ainda elevado de indecisos na véspera do escrutínio, o líder xenófobo Geert Wilders continua a acreditar na vitória, apesar de ser creditado no segundo lugar das sondagens, que liderou durante vários meses. Ontem, no último debate televisivo, voltou às declarações polémicas com um dos seus “cavalos de batalha”:

“No último ano, em todos os ataques na Alemanha e na Europa, gritaram ‘Allah Akbar’ antes de cortarem gargantas de padres em Paris… É isso o Islão! […] Se continuarmos a virar a cara, o Islão vai garantir que deixaremos de existir, tanto a Holanda, como o mundo livre ocidental. E não podemos deixar nunca que isso aconteça.”

Candidato ao terceiro mandato à frente do país de 17 milhões de habitantes, o primeiro-ministro Mark Rutte defendeu o balanço do seu governo e a via europeísta como a única alternativa para a Holanda:

“Não haverá saída da União Europeia. Quero manter o país seguro, estável e próspero. Isso significa que tem de ser um membro de organizações internacionais, como a NATO e a União Europeia, porque isso providencia um grande número de empregos, através do comércio: um milhão e meio de empregos ligados diretamente com o mercado interno europeu.”

A reta final da campanha ficou marcada pelo conflito diplomático com a Turquia. Haia foi acusada de práticas “fascistas” e “nazis”, depois de impedir representantes de Ancara de participarem em comícios pelo reforço dos poderes do presidente turco.

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