Centenas de opositores do governo húngaro perturbaram ruidosamente o discurso do primeiro-ministro Viktor Orban por ocasião do feriado nacional que recorda a revolução de…
Centenas de opositores do governo húngaro perturbaram ruidosamente o discurso do primeiro-ministro Viktor Orban por ocasião do feriado nacional que recorda a revolução de 1848.
Equipados com apitos e cornetas, os manifestantes juntaram-se à frente do Museu Nacional de Budapeste, com apelos ao afastamento do chefe do governo, que apelidavam de “ditador”.
Com um discurso de tom soberanista, Orban defendeu a sua política migratória, criticada pela Comissão Europeia.
“Temos de parar Bruxelas, proteger as nossas fronteiras e bloquear a deslocalização [de migrantes].”
Inicialmente proíbida pela polícia, a marcha da oposição acabou por ser autorizada pela Justiça. O primeiro-ministro tem sido regularmente acusado de tentar controlar as vozes críticas e os meios de comunicação desde o regresso ao poder, em 2010.
O opositor, Laszlo Majtenyi, ex-candidato presidencial, afirma que “uma nação que ama a liberdade pode tornar-se livre não libertando-se da opressão estrangeira, mas afastando os seus próprios líderes”.
A correspondente da euronews, Andrea Hajagos, afirma que “na Hungria, já é tradição que o feriado nacional fique marcado pelas questões que afetam a política corrente. No próximo ano, deverá ser ainda mais marcante, já que será em plena campanha eleitoral”.