Centenas de milhares de iemenitas em protesto contra coligação liderada pela Arábia Saudita, apoiada pelos Estados Unidos da América, contra os Hutis.
Centenas de milhares de iemenitas manifestaram-se em Sana, capital do Iémen, este domingo.
Objetivo: protestar contra o segundo ano de intervenção militar da coligação árabe liderada pela Arábia Saudita e mostrar lealdade aos rebeldes Hutis e ao ex-presidente do Iémen, Ali Abdullah Saleh.
#Sanaa, now: aggression against #Yemen has entered its 3rd year.
— yemenpress (@Yemenpress_org) March 26, 2017
Mass rally pic.twitter.com/bPnFFYfDfd
Os manifestantes centraram-se na Praça de Al-Sabin, sob controlo dos rebeldes desde setembro de 2014 e empunharam cartazes onde se lia “Temos determinação” ou “Levantem o bloqueio ao Iémen” com bandeiras do país e fotos de Saleh.
Saeed Al Hidary, cidadão iemenita, declarou: “A nossa vontade e resistência é mais poderosa que os mísseis sauditas, os aviões e as armas. Eles nunca vão conseguir fazer ajoelhar o povo iemenita, apesar da violência e da matança do povo do Iemen.”
Saleh Hazal, outro cidadão iemenita reforçava: “Vamos ficar unidos face à agressão e eles nunca vão conseguir humilhar-nos ou derrotar-nos.”
O conflito já causou a morte, estimadamente, a 10 mil civis e desalojou 3 milhões de pessoas.
Os hutis e aliados unem-se em zonas reservadas contra a coligação governamental com a Arábia Saudita, suportada pelos Estados Unidos da América, e a favor do governo reconhecido internacionalmente.
A coligação deu início aos ataques aos Hutis e aliados em março de 2015, na tentativa de afastar os rebeldes de Sana, a capital.
Os Hutis detêm ainda o controlo de Sana e muito do Iemen nortenho, com o conflito num impasse.