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Guerra na Síria consolidou as relações entre a Rússia e o Irão

Guerra na Síria consolidou as relações entre a Rússia e o Irão
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Presidente iraniano encontra-se em Moscovo para visita oficial de dois dias.

  • Hassan Rouhani encontra-se em Moscovo para visita oficial de dois dias

  • Presidente iraniano diz que haverá “grandes desenvolvimentos” na cooperação energética

  • Pelo menos 10 contratos poderão ser assinados, diz imprensa iraniana

  • Cooperação deverá intensificar-se nos setores do gás e do petróleo

  • Ambos países enfrentam sanções internacionais da parte do Ocidente

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Guerra na Síria consolidou as relações entre a Rússia e o Irão
Foi à volta desta mesa em Astana, no Cazaquistão, que a cooperação entre a Rússia e o Irão se consolidou nos últimos meses. As potências europeia e oriental, juntamente com a Turquia, roubaram o protagonismo aos Estados Unidos e tomaram as rédeas das negociações sobre o futuro da Síria. Os posters que se vêm nas ruas de Alepo com as fotografias de Assad, Putine, o ayatollah Khameini e Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah libanês mostram, por si só, a aliança geopolítica local, criada em torno do conflito sírio.
As tropas russas e iranianas, aliadas de Bachar Al Assad, contribuiram fortemente para a tomada da cidade pelo regime de Damasco.

Ao deixar Moscovo utilizar uma das suas bases militares para lançar mísseis sobre o território sírio e enviar as tropas para o terreno, Teerão reforçou o seu posicionamento no conflito no país vizinho. O Irão e a Rússia, que nunca foram aliados tradicionais, têm agora interesses comuns reconhecidos. Um deles, a consolidação do arco xiita, que reúne Teerão, Bagdade, Damasco e Beirute, ao qual aspira a república islâmica e que Moscovo apoia por oposição ao eixo sunita – considerado um viveiro de jihadistas -, constituído pela Arábia Saudita, os países do Golfo Pérsico, a Turquia, a Jordânia e apoiado pelos Estados Unidos.

As relações entre a Rússia e o Irão são uma verdadeira dôr de cabeça para Israel. Antes da visita programada de Rohani a Moscovo, Benjamin Netanyahu tinha ido à capital russa alertar para as pretensões iranianas na região e particularmente para a eventualidade de Teerão se preparar para construir estruturas militares permanentes na Síria.

Para aumentar a tensão, o Irão testou ostensivamente os mísseis S-300, que recebeu finalmente da Rússia, 10 anos após encomenda. Um negócio que Israel tentou na altura impedir por temer que os mísseis cheguem à mãos do hezbollah e aterrem no seu território. Mas o poder de persuasão de Israel não é suficiente para atenuar os interesses estratégicos e económicos entre Moscovo e Teerão. Os dois países, produtores de petróleo, lutam junto na OPEP para não deixarem baixar os preços do ouro negro. Por outro lado reforçam a cooperação militar e tecnológica. Teerão já fez saber que tenciona comprar aviões de combate russos, Sukhoï Su-30 e mantém conversações também para a compra de aviões civis. E a Rússia tem em previsão construir centrais nucleares no Irão.

Do lado de Washington, tudo isto é bem com muito maus olhos

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