A oposição venezuelana descarta o diálogo com o governo do presidente Nicolás Maduro e voltou a manifestar-se nas ruas de Caracas e de outras cidades do país, apesar do Supremo Tribunal ter voltado at
A oposição venezuelana descarta o diálogo com o governo do presidente Nicolás Maduro e voltou a manifestar-se nas ruas de Caracas e de outras cidades do país, apesar do Supremo Tribunal ter voltado atrás com a decisão de assumir os poderes legislativos da Assembleia Nacional.
Os opositores denunciam um regime “ditatorial” e exigem a convocação de eleições gerais.
O presidente do Parlamento, Julio Borges, afirmava que “não devem acreditar que, ao apagar uma palavra na sentença, podem solucionar o erro. A sentenção [do Supremo Tribunal] é o culminar de um golpe de Estado conduzido na Venezuela durante os últimos meses e anos e não é possível mudá-lo apagando um parágrafo da sentença”.
Maduro tentou aliviar as tensões, recebendo a procuradora-geral Luisa Ortega Diaz, que tinha classificado de “rutura da ordem constitucional” a decisão do Supremo Tribunal de assumir as funções do Parlamento, controlado pela oposição.
A inicitiva tinha sido rapidamente criticada por nações da América do Sul, seguindo-se a União Europeia, os Estados Unidos e a ONU.
Face à pressão interna e internacional, a máxima instância venezuelana anulou ontem a decisão, mas meia centena de ONGs pediram, apesar disso, a “demissão imediata” dos magistrados do Supremo Tribunal.