Alguns fiéis mostraram-se revoltados com o presidente Sissi pelo caráter tardio das medidas de segurança.
A segurança das igrejas cristãs no Egito foi reforçada ao máximo, depois dos atentados mortíferos de domingo. No Cairo, o reforço militar é visível nas ruas. O mesmo acontece em Tanta, no Delta do Nilo. A igreja local foi um dos palcos dos atentados. A região de Gharbia nomeou um general, Tarek Hasouna, como novo chefe da segurança: “Implementámos mudanças para melhorar os serviços e conseguir um nível alto de segurança. Instalámos vários checkpoints à volta da Igreja. As forças de segurança estão a revistar todos aqueles que entram na igreja e nas ruas à volta”, disse.
Em Alexandria, onde aconteceu o outro atentado mortífero, alguns fiéis criticam a ação do presidente Sissi: “Quero perguntar ao presidente Sissi por que razão não declarou o estado de emergência duas semanas antes da Semana Santa. Só faz isso agora, que o crime aconteceu? Não digo que a culpa seja dele, mas o planeamento não foi bem feito”, diz um homem que perdeu um amigo no atentado de Alexandria.
Nesta cidade costeira, os mortos foram a enterrar esta segunda-feira. Os dois atentados, em plena celebração do Domingo de Ramos, fizeram 44 mortos – 27 em Tanta e 17 em Alexandria – e várias dezenas de feridos. Os ataques foram reivindicados pelo grupo terrorista Estado Islâmico, que ameaça cada vez mais as minorias cristãs dos países árabes.