Guerra de palavras entre fundador do Wikileaks e o novo diretor da CIA

Guerra de palavras entre fundador do Wikileaks e o novo diretor da CIA
De  Francisco Marques

Durante a campanha presidencial, Mike Pompeo e Donald Trump defendiam a credibilidade e forma de agir da plataforma de Julian Assange; agora, tudo mudou.

Está criada uma nova guerra de palavras entre o fundador e responsável editorial do Wikileaks, o australiano Julian Assange, e o chefe dps serviços secretos dos Estados Unidos. A curiosidade é que o agora visado era há poucos meses um defensor da plataforma digital pirata.

Eleito por Trump para chefiar os serviços secretos e no primeiro discurso desde que assumiu as novas funções, na quinta-feira, Mike Pompeo, o novo diretor da CIA, afirmou ser “tempo de chamar o Wikileaks pelo que é: um serviço secreto hostil não-estatal incitado por países como a Rússia”, considerando-o “um perigo para a segurança nacional” norte-americana.

“Na verdade, (o Wikileaks) não defende nada a não ser as próprias celebridades. Vende apenas engodo para cliques. Não tem moral e a sua missão é o auto engrandecimento pela destruição dos valores ocidentais”, acusou Pompeo.

Refugiado desde junho de 2012 na embaixada do Equador em Londres, no Reino Unido, para evitar um pedido de extradição da Suécia por alegada agressão sexual, o australiano Julian Assange não se ficou perante as acusações e, pelo Twitter, acusou a CIA de ter gerado grupos terroristas como a Al-Qaida ou o “daesh” ou até ditadores como Pinochet.

O curioso das alegações de Pompeo, lembraram alguns meios de comunicação norte-americanos como a CBSNews, é que, tal como o próprio Trump, durante a campanha presidencial o agora diretor da CIA considerava publicamente o Wikileaks “uma fonte credível” sobre Hillary Clinton e os Democratas.

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