Cofundador da Wikileaks está incontactável há duas semanas

A última foto de Arjen Kamphuis publicada pelo próprio nas redes sociais
A última foto de Arjen Kamphuis publicada pelo próprio nas redes sociais Direitos de autor Twitter/ @ArjenKamphuis
De  Francisco Marques
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Arjen Kamphuis foi visto pela última vez a 20 de agosto em Bodo, no norte da Noruega, e a polícia local está já a investigar o alegado desaparecimento

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Está incontactável desde 20 de agosto Arjen Kamphuis. O cofundador da Wikileaks foi visto pela última vez em Bodo, no norte da Finlândia, onde teria deixado nesse dia um hotel local.

O holandês, de 47 anos, teria um bilhete de avião para uma viagem com partida marcada dois dias depois em Trondheim, no centro da Noruega, para onde a amiga Ancilla van de Leest crê que o especialista de cibersegurança iria de comboio.

O destino final de Kamphuis seria Amesterdão, revelou Ancilla van de Leest, membro do Partido Pirata holandês e ativista pela privacidade, que foi a responsável pelo alerta do alegado desaparecimento com um cartaz digital que publicou a 31 de agosto e teve eco na imprensa.

De acordo com a amiga, o paradeiro de Arjen Kamphuis está já a ser investigado pela polícia local.

O jornal holandês De Telegraaf noticiou no sábado que o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Holanda já estava também a par do caso e, de acordo com fonte próxima, avança que Arjen Kamphuis teria ido passar duas semanas de férias à Noruega e teria previsto voltar a Amesterdão a 22 de agosto.

Arjen Kamphuis é conhecido pelo gosto das caminhadas em montanha e uma das suspeitas é que tenha decidido ir fazer uma numa região com "terreno muito acidentado", sublinhou a fonte do jornal holandês.

Arjen Kamphuis foi um dos colaboradores de Julian Assange, no lançamento da Wikileaks, a organização transnacional que revelou em 2010 material confidencial da Agência Secreta Americana (CIA) e que desde então é alvo de uma investigação pelo FBI.

Julian Assange foi, entretanto, acusado de abuso sexual e violação e a Suécia emitiu um mandado de captura internacional, o que levou o porta-voz da Wikileaks a refugiar-se na embaixada do Equador em Londres, no Reino unido, onde se mantém, com receio de que a Suécia o extradite para os Estados Unidos.

O atual paradeiro de Kamphuis pode não ter nada a ver com a Wikileaks, mas a amiga Ancilla van de Leest, numa publicação pelo Twitter já esta segunda-feira, admiTe "manter todas as opções em aberto". "Esperamos que ele seja encontrado em breve", desejou a holandesa.

A Wikileaks deu eco do alegado desaparecimento de Kamphuis no sábado e no domingo publicou um update com as informações já conhecidas até então, rematando com a possibilidade de "o colaborador de Julian Assange e autor de 'Segurança da Informação para Jornalistas'", como o descreve, poder ter desaparecido "no espaço de horas em Bodo, em Trondheim ou no comboio."

Editor de vídeo • Francisco Marques

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