A ONU vai dar por terminada a missão de paz no Haiti em outubro, depois de 13 anos no terreno, marcados por várias polémicas, incluíndo acusações de abusos sexuais de crianças por parte de membros do
A ONU vai dar por terminada a missão de paz no Haiti em outubro, depois de 13 anos no terreno, marcados por várias polémicas, incluíndo acusações de abusos sexuais de crianças por parte de membros do contingente e de estar por trás de um surto de cólero que fez milhares de vítimas.
O fim da missão foi votado por unanimidade, esta quinta-feira, no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Referindo-se às acusações de sevícias atribuídas a membros da Minustah, a embaixadora norte-americana Nikki Haley afirmou que “é preciso reconhecer as crianças abandonadas, de 12 a 15 anos, que viviam com fome e foram atraídas por soldados da paz com comida, pagando o elevado preço dos abusos sexuais”.
A missão da ONU será substituída por um contingente de polícias encarregues de formar as forças de segurança haitianas.
O economista e líder político haitiano Camille Charlemers diz que as Nações Unidas também precisam de mobilizar todos os recursos humanos, técnicos e financeiros disponíveis para compensar as vítimas da cólera, bem como os milhares de mulheres e crianças que foram violadas”.
Os 2342 soldados da ONU presentes no Haiti vão retirar-se progressivamente nos próximos seis meses.
Se as Nações Unidas reconheceram a responsabilidade de “capacetes azuis” em casos de abusos sexuais, sempre rejeitaram as acusações contra o contingente nepalês, que os haitianos dizem estar por trás do surto de cólera que fez mais de 9000 mortos.