Governo venezuelano ameaça julgar opositores por terrorismo

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O governo da Venezuela promete julgar por terrorismo todos os políticos da oposição que participem na vaga de manifestações contra a reforma da Constituição.

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O governo da Venezuela promete julgar por terrorismo todos os políticos da oposição que participem na vaga de manifestações contra a reforma da Constituição.

O vice-presidente do partido do governo, Diosdado Cabello, afirmou que a formação vai apresentar queixas no Supremo Tribunal contra vários presidentes da Câmara da oposição, pela sua participação em “atos terroristas”.

O ministro da Educação, Elías Jaua, garantiu, por seu lado, em entrevista à radio colombiana “Caracol”, que o executivo vai, “impor a paz”, afirmando que o país, “enfrenta uma revolta armada e tem direito a defender-se”.

Pelo quarto dia consecutivo, grupos de estudantes entraram em confronto com as forças da ordem em Caracas, durante um protesto contra o governo de Nicolás Maduro.

As autoridades anunciaram, em paralelo, a morte de um estudante, partidário do governo, assassinado durante uma assembleia estudantil, em El Tigre, no noroeste do país.

Desde o início do protesto, que os confrontos entre partidários do governo e da oposição provocaram pelo menos 33 mortos, com mais de um milhar de pessoas detidas.

O presidente do parlamento, controlado pela oposição, deslocou-se esta quinta-feira a Washington para pedir à Organização dos Estados Americanos (OEA) que anule o pedido do presidente Maduro de abandonar a instituição.

Segundo Julio Borges:

“Trouxe comigo um decreto da Assembleia Nacional que diz claramente que a vontade de Maduro de sair da OEA deve ser anulada, a Venezuela não pode abandonar o sistema inter-americano que representa a OEA”.

O secretário-geral da organização, Luis Almagro exigiu, entretanto, uma visita ao líder da oposição, Leopoldo López, detido numa prisão militar, para poder verificar o seu estado de saúde.

O governo Venezuelano desmentiu ontem os rumores sobre uma hospitalização súbita de López em estado grave, com a publicação de um vídeo do político, detido há mais de três anos após a, também mortífera, vaga de protestos de 2014.

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