Estas eleições são vistas como um referendo ao acordo sobre a energia nuclear.
Hassan Rouhani, o moderado, vai continuar na presidência do Irão ou vai dar o lugar ao conservador Ebrahim Raisi, próximo do líder supremo, o Aiatola Ali Khamenei? A resposta só se vai conhecer daqui a algumas horas, na sequência destas eleições que são vistas como um referendo ao acordo sobre a energia nuclear, conseguido entre o Irão e as principais potências mundiais.
Rouhani candidata-se a um segundo mandato. Dos outros três candidatos, Raisi é o único capaz de ganhar. Presidente de uma fundação religiosa e próximo da linha dura da revolução islâmica, diz que aceita os resultados, sejam eles quais forem: “Se os resultados não forem os desejados por um candidato, por exemplo, se eu vir os resultados e, por alguma razão, não gostar, isso não deve fazer com que se percam a natureza e a mecânica destas eleições”, declarou.
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Embora ainda não haja números relativos à participação, a agência France Presse dá conta de filas nas assembleias de voto maiores que nas últimas presidenciais, há quatro anos. O processo de voto é complicado e demora vários minutos. Cada eleitor deve escrever, à mão, o nome e o código do candidato presidencial escolhido e ainda os nomes de 21 candidatos municipais. Deve ainda deixar uma impressão digital. 71 mil supervisores e 300 mil polícias foram destacados para reforço de segurança destas eleições presidenciais que definirão o enquadramento futuro do Irão nas relações externas e na reforma social e económica.