O Reino Unido subiu o nível de ameaça para “crítico”, o mais alto na escala de segurança interna do país após o atentado suicida em Manchester.
No anúncio, a primeira-ministra britânica Theresa May informou que as forças armadas vão patrulhar locais como o Parlamento ou ou eventos culturais ou desportivos.
“A mudança do nível de ameaça significa que vão ser disponibilizados recursos adicionais e apoio à polícia, pois eles trabalham para nos manter a todos seguros. Isso significa que os polícias armados, responsáveis por tarefas como guardar locais-chave serão substituídos por membros das forças armadas, o que vai permitir à polícia aumentar, significativamente, o número de oficiais armados a patrulhar os locais-chave”, informou a governante.
A decisão surge numa altura em que as autoridades prosseguem as investigações para averiguar se o bombista atuou sozinho.
A polícia britânica identificou o alegado autor de atentado suicida que abalou a cidade de Manchester, no Reino Unido, na segunda-feira.
Salman Abedi, de 22 anos, nasceu na cidade, mas os pais são de origem líbia.
Um homem de 23 anos também foi preso por ligações ao ataque e duas casas em Manchester foram alvo de operações policiais.
Segundo as autoridades a prioridade é descobrir de Salman Abedi terá agido sozinho ou se trabalhou em conjunto com uma rede terrorista.
Sabe-se que cresceu na região de Walley Range. Neste mesmo local, em 2015, duas jovens universitárias chocaram a comunidade ao fugirem para se juntarem às fileiras do Daesh.
De acordo com os números divulgados o atentado suicida matou 22 pessoas e feriu 59 no final do espetáculo da cantora Ariana Grande, na Manchester Arena.
Entre as vítimas estão crianças e adolescentes.
O ataque, reivindicado pela organização terrorista Estado Islâmico, deixou a população chocada e levantou preocupações relativas à segurança.
Trata-se do atentado mais violento no país desde os ataques de 2005 – que atingiram os transportes públicos de Londres.
A campanha eleitoral para as eleições legislativas antecipadas foi suspensa como sinal de respeito às vítimas e às suas famílias.
A primeira-ministra Theresa May e a Rainha Isabel II já vieram condenar o ataque publicamente.