Economia circular: vantagem sobre a economia linear

Economia circular: vantagem sobre a economia linear
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A economia circular é, por oposição à economia linear, baseada no processo de “extrair–produzir-descartar”.

No sistema linear de produção, o crescimento económico depende do consumo de recursos finitos, que traz o risco iminente de esgotamento de matérias-primas e custos cada vez mais elevados na sua extração. No fim do processo, gera-se um volume sem precedentes de resíduos inutilizados e potencialmente tóxicos para os seres humanos e os ecossistemas que contaminam.

A economia circular vai muito para além da reciclagem dos produtos.

Neste novo paradigma, cada material é usado e re-utilizado ao máximo com o mínimo de desperdício.

Para isso, é necessário mudar radicalmente a forma de produzir. A escolha das matérias-primas, o desenho dos produtos e o aproveitamento dos sub-produtos industriais são aspetos essenciais do novo modelo.

Numa economia circular, as empresas garantem a sua autonomia através da gestão completa do ciclo de vida dos produtos.

Uma estratégia que pode ser aplicada a todos os setores: à indústria, à agricultura e aos serviços.

Atualmente, o crescimento económico depende do consumo crescente de recursos, ou da chamada economia linear: extrair matérias-primas, fabricar, usar e deitar fora.

Um modelo que atinge hoje o seu limite face ao aumento da população, à escassez de recursos naturais e aos problemas ambientais e de saúde causados pelo uso excessivo dos combustíveis fósseis.

A volatilidade dos preços das matérias-primas e a interrupção do fornecimento são outros dos riscos atuais para as empresas e para os países.

O conceito chave da economia circular é a inovação.

Aposta-se em ciclos curtos baseados na reutilização e na reparação, na poupança de energia e água e na redução do lixo.

A economia circular exige também mudanças a nível individual.

Recentemente, a Associação Zero concluiu que se todas as pessoas do mundo desperdiçassem tanto como os portugueses, os recursos do planeta não durariam muito tempo.

As três fontes principais de desperdício de recursos naturais em Portugal são o consumo exagerado de carne e peixe, o uso excessivo do automóvel, a substituição demasiado frequente de equipamentos e a compra excessiva de bens de consumo que acabam por ir parar aos aterros.

A economia circular passa também por possuir menos e partilhar mais. As plataformas de partilha de carros são um dos domínios que tem vindo a desenvolver-se mais rapidamente. Há também a troca de serviços e até a troca de casas para férias.

Estima-se que a nível europeu, a economia circular poderá gerar poupanças de 600 mil milhões de euros para as empresas, criar 170 mil empregos diretos no setor da gestão de resíduos e contribuir para a redução das emissões de gases com efeito de estufa.

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