Legislativas: A encruzilhada britânica

Legislativas: A encruzilhada britânica
De  Nara Madeira

Os conservadores britânicos venceram as Legislativas mas é uma vitória com um sabor amargo já que Theresa May não alcança a maioria absoluta.

Os conservadores britânicos venceram as Legislativas mas é uma vitória com um sabor amargo já que Theresa May não alcança a maioria absoluta. O Parlamento britânico fica, digamos, “em suspenso”. Nenhum dos principais partidos conseguiu impor-se e não terá, por isso, margem de manobra, na Câmara Baixa do parlamento. A partir de agora tudo se resume a matemática, ou seja, não se tendo maioria é preciso persuadir outras forças políticas a coligarem-se.

Na Irlanda do Norte, os dois aliados mais naturais para os conservadores são o DUP, Partido Uniunista Democrático, e o UUP. Partido Unionista do Ulster mas tudo depende do resultado alcançado pelo Sinn Fein.

Já na Grã-Bretanha os Democratas Liberais são o único partido que pode aliar-se aos conservadores, foi aliás o que aconteceu depois das legislativas de 2010. De lembrar que na defesa de um partido de centrista credível, o seu líder, Tim Farron, descartou qualquer forma de coligação com conservadores ou trabalhistas, defendendo o seu papel, enquanto parte de uma oposição, também ela, credível e forte.

Com uma base de apoio mais ampla, o Partido Trabalhista pode pensar conseguir, mais facilmente, formar um governo minoritário. Mas isso pode revelar-se altamente instável e não durar muito.

Se nenhum dos dois principais partidos conseguir formar governo os analistas veem acontecer eleições antecipadas.

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