Centenas de detidos em manifestações contra a corrupção, incluíndo opositor Alexei Navalny

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De  Antonio Oliveira E Silva
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Marchas tiveram lugar no Dia da Rússia, em Moscovo e em dezenas de cidades, tendo sido consideradas pelas autoridades como uma provocação.

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Com Reuters e TASS

O líder opositor e ativista dos direitos humanos, Alexei Navalny, foi condenado a 30 dias de prisão, depois de ter sido detido pelas autoridades russas, acusado de tentar destabilizar o país.

O centro de Moscovo foi palco dos maiores protestos contra o Governo de Vladimir Putin nos últimos cinco anos, durante os quais os manifestantes gritaram palavras de ordem contra o que definiram como uma “insuportável situação de corrupção”. Várias cidades, como São Petersburgo, foram palco de manifestações semelhantes.

Milhares de pessoas, entre os quais muitos jovens, pediram​ ​uma “Rússia sem Putin” e uma “Rússia livre.” As marchas tiveram lugar quando se celebrava o Dia da Rússia, tendo sido consideradas pelas autoridades como “uma provocação”.

O Governo russo rejeitou as acusações dos manifestantes e acusou Alexei Navalny de “irresponsabilidade” e de querer desestabilizar o país. Segundo a agência Estatal de notícias russa TASS, a polícia acusou Navalny de organizar uma manifestação contra as ordens das autoridades. Esse foi também o argumento invocado por um tribunal de Moscovo para justificar a prisão de Navalny.

A polícia de choque deteve centenas de pessoas na capital da Federação e em várias cidades onde foram organizados protestos, depois de ter detido, uma vez mais, o líder opositor e ativista dos Direitos Humanos, Alexei Navalny.

Anti-Kremlin protesters fill Russian streets as Putin critic Navalny detained: https://t.co/ShVSmXn0LQpic.twitter.com/ZfDvvBvCI3

— Reuters Top News (@Reuters) June 12, 2017

A mulher do ativista, Yulia Navalny, disse que este tinha sido detido no momento em que deixava o domicílio. Segundo testemunhas citadas pela agência Reuters, um carro da polícia terá deixado a zona a alta velocidade, seguido de perto por um pequeno autocarro que transportava cerca de 10 agentes. Yulia Navalny disse ainda que a eletricidade no escritório do marido tinha sido cortada, o que fez com que uma transmissão em direto dos protestos via Internet fosse interrompida.

Centenas de detidos em várias cidades

Segundo os observadores da plataforma Open Democracy, mais de 700 pessoas terão sido detidas na capital. O ministério russo do Interior (Administração Interna) disse que cerca de 500 pessoas foram detidas na cidade de São Petersburgo.

Os últimos protestos organizados por Alexei Navalny levaram milhares de pessoas às ruas no passado mês de março. O ativista foi detido e permaneceu preso durante duas semanas, acusado de responsabilidade nos protestos.

Alexey Navalny pretende candidatar-se às eleições presidenciais de 2018, mas as recentes sondagens demonstram, no entanto, que não teria hipóteses de vencer, já que Vladimir Putin beneficia de uma elevada taxa de aprovação da parte dos russos.

O presidente da Federação Russa encontra-se no poder há 17 anos.

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