Relatório recomenda suspensão das negociações de adesão da Turquia

Relatório recomenda suspensão das negociações de adesão da Turquia
Direitos de autor 
De  Isabel Marques da Silva
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

Os eurodeputados renovam a pressão para que os Estados-membros suspendam as negociações de adesão da Turquia à União Europeia, através do mais recente relatório do Parlamento Europeu sobre o Estado de

PUBLICIDADE

Os eurodeputados renovam a pressão para que os Estados-membros suspendam as negociações de adesão da Turquia à União Europeia.

O referendo constitucional, de abril passado, que visa reforçar os poderes do Presidente Recep Tayyip Erdogan, é um dos principais argumentos usados pela autora do mais recente relatório do Parlamento Europeu sobre o Estado de direito naquele país.

“Caso o governo turco avance com a implementação da nova constituição na Turquia, que põe fim à separação de poderes, tal será contrário aos critérios de Copenhaga necessários para um país aderir à União Europeia e implica a suspensão das negociações que decorrem entre o governo da Turquia e a União Europeia”, disse, à euronews, Kati Piri, eurodeputada holandesa de centro-esquerda.

“Many in #Turkey are fighting for their democratic rights. They are not giving up hope!” —KatiPiri</a> opens <a href="https://twitter.com/hashtag/EPlenary?src=hash">#EPlenary</a> debate | <a href="https://twitter.com/hashtag/Adalet?src=hash">#Adalet</a> <a href="https://t.co/QXZR9KoH1q">pic.twitter.com/QXZR9KoH1q</a></p>&mdash; S&D Group (TheProgressives) July 5, 2017

Uma das linhas vermelhas é a reintrodução da pena de morte, que foi prometida pelo Presidente após o golpe de Estado falhado de há um ano.

Contudo, como a Turquia é um vizinho estratégico, a União deverá optar por outro tipo de acordo.

“Os Estados-membros desejam manter aberta a comunicação e a cooperação com a Turquia porque há muitas questões em jogo. A Turquia continua a ser um parceiro importante da União Europeia ao nível da economia, da luta contra o terrorismo, da modernização da união aduaneira e da gestão do fluxo de refugiados e migrantes, que são dossiês muito importantes para a União”, explicou, à euronews, Seda Gurkan, professora de Assuntos Europeus na Universidade Livre de Bruxelas.

Uma das maiores críticas da União refere-se à violação dos direitos humanos, nomeadamente as detenções arbitrárias de milhares de alegados dissidentes e opositores declarados do regime.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Polémica com alegada censura ensombra o Dia da Libertação em Itália

“A Europa é mortal”, alerta presidente da França em discurso sobre o futuro da União

Procuradoria de Madrid pede arquivamento do processo contra mulher de Pedro Sánchez