A tentativa para derrubar o Governo de Recep Tayyip Erdogan, na noite de 15 para 16 de julho 2016 fez 249 mortos e mais de dois mil feridos.
Sexta-feira de 15 de julho de 2016, por volta das 22 horas…
A noite de Istambul, na Turquia, era perturbada.
Um grupo de soldados rebeldes saiu para as ruas, munidos de armas e de tanques. O objetivo, derrubar o Governo do presidente Recep Tayyip Erdogan.
As pontes do Bósforo e Fatih Sultan Mehmet foram encerradas.
O primeiro-ministro, Binali Yildrim, denunciava uma “tentativa ilegal” de tomada do poder por um grupo de soldados.
Um pouco depois da meia-noite, um comunicado das forças armadas turcas anunciava a proclamação da lei marcial e impôs o recolher obrigatório em todo o país.
Nesta altura, grupos armados avançavam, também, sobre a capital, Ancara.
Os acessos às redes sociais ficam restritos.
Ancara e Istambul são palco de cenas de violência.
Numa entrevista a uma televisão turca, Recep Tayyip Erdogan interrompe as férias em Marmaris e apela aos turcos para que saiam para as ruas, invadam as praças e os aeroportos e lutem contra os insurgentes
As forças leais ao governo combatem os rebeldes, enquanto milhares de pessoas saem paras as ruas. Aviões de caça voam a baixa altitude na metrópole, e o Parlamento é alvo de uma série de ataques aéreos. Mais tarde, um avião lança uma bomba perto do palácio presidencial.
Por voltas das 3 horas da manhã Erdogan. chega a Istambul, onde é recebido por uma multidão.
O presidente denuncia uma traição liderada por militares com ligações a Fethullah Gullen, um clérigo exilado nos Estados Unidos da América, desde 1999.
Durante a madrugada de sábado, dezenas de soldados rendem-se e entregam as armas às forças de segurança na ponte onde horas antes tudo começou, a Ponte sobre o Bósforo, em Istambul.
A tentativa para derrubar o Governo de Recep Tayyip Erdogan, na noite de 15 para 16 de julho 2016 fez 249 mortos e mais de dois mil feridos.