Conselho Superior do Desporto poderá suspender Villar do cargo

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De  Antonio Oliveira E Silva
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Ángel Villar foi detido no âmbito de uma operação anti-corrupção, levada a cabo pela Guardia Civil.

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Com agências

Quase 30 anos à frente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF) poderão em breve chegar ao fim para Ángel Maria Villar.

O Conselho Superior do Desporto (CSD) espanhol poderá tomar medidas que resultarão na suspensão do mandato do presidente e na posterior interdição de ocupar o cargo.

Em entrevista à televisão pública espanhola, TVE, o ministro da Educação, Cultura e Desporto Íñigo Méndez de Vigo disse que “ninguém estava acima da lei”:

Perfil | Ángel María Villar, casi tres décadas al frente del fútbol español sin apenas oposición https://t.co/QtpJ11mfddpic.twitter.com/OKmlrlJ19h

— 24h (@24h_tve) 18 de julho de 2017

“Aqui não há ninguém intocável. Todos temos de obedecer à lei, todos nós. Antes falámos da Catalunha e dissemos que todos devem obedecer à lei. Todos estamos submetidos à lei. Portanto, obedecemos ao que digam juízes e tribunais”, disse o ministro.

Operação Soule

O presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, (RFEF) e um dos presidentes da FIFA, Ángel Maria Villar, foi detido na terça-feira. A detenção de Villar, de 67 anos, é parte de uma operação anti-corrupção levada a cabo pelas autoridades espanholas.

Segundo as forças especiais da Guardia Civil, a operação é denominada Soule, numa referência a um jogo de origem francesa.

A operação Soule incluiu a requisição de documentos em escritórios e na residência privada do presidente da FEF, na localidade de Las Rozas, em Madrid.

Méndez de Vigo, tras la detención de Villar: “Las leyes son iguales para todos” ▶️https://t.co/zcAzibU6DG

— 24h (@24h_tve) 18 de julho de 2017

Um dos filhos de Ángel Maria Villar, Gorka Villar, o vice-presidente da RFEF, Juan Padrón e o secretário da Federação, Ramón Hernández Bassou, foram também detidos. Entretanto, o sorteio da Liga Espanhola foi atrasado, depois das detenções, segundo decisão anunciada em comunicado oficial, tal como o foram várias reuniões da administração.

Suspeitas de corrupção, falisificação de documentos e ocultação de bens

Segundo a Justiça espanhola, os detidos são suspeitos de administração desleal, apropriação indevida, corrupção entre particulares, falsificação de documentos e ocultação de bens, assim como de crimes relativos à organização de partidas internacionais.

Em causa estão alegados benefícios concedidos a empresas do filho de Ángel Villar, relacionados com jogos internacionais disputados pela seleção espanhola de futebol.

Gorka Villar, advogado de profissão, trabalhou recentemente na Confederação de Futebol da América do Sul (CONMEBOL) como diretor jurídico e como adjunto de três presidentes que viriam a estar implicados na investigação levada a cabo pela Justiça dos Estados Unidos que terminou com a queda de Josep Blatter.

Resumen de la prensa nacional de este miércoles https://t.co/yaE2IFL9SNpic.twitter.com/92CDKkQ7A6

— EFE EMPRESAS (@EFEempresas) 19 de julho de 2017

Ángel María Villar foi reeleito como presidente da RFEF em maio passado para mais um período de quatro anos. No ano passado, foi multado em mais de 24 mil euros pelo Comité de Ética da FIFA por não ter cooperado com uma investigação relativa ao processo de seleção para as sedes dos Campeonatos do Mundo em 2018 e 2022, processo que esteve na origem de uma das maiores crises internas do órgão.

Op. “Soule”#UCO Guardia Civil detiene al Presidente de la rfef</a> por presuntas irregularidades en su gestión<a href="https://t.co/jZchVTqRGq">https://t.co/jZchVTqRGq</a> <a href="https://t.co/FlRO7VlCYU">pic.twitter.com/FlRO7VlCYU</a></p>— Guardia Civil (guardiacivil) 18 de julho de 2017

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