Greve geral marcada pelo derrame de sangue

Greve geral marcada pelo derrame de sangue
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De  Pedro Sacadura com REUTERS
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Pelo menos duas pessoas morreram. Várias ficaram feridas e mais de 250 foram detidas, entre elas um luso -descendente, de acordo com a organização não-governamental Foro Penal.

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A greve geral convocada pela oposição venezuelana como forma de pressão sobre o Presidente Nicolás Maduro pretendia-se pacífica, em teoria. Na prática traduziu-se numa quinta-feira negra na qual pelo menos duas pessoas morreram. Várias ficaram feridas e mais de 250 foram detidas, entre elas um luso -descendente, de acordo com a organização não-governamental Foro Penal. Os números poderão vir a agravar-se.

#20Jul 11:30PM: 367 arrestos verificados en contexto de #ParoCivico#Venezuela :Zulia 140, Carabobo 66, Nva Esparta 43, Aragua 24… pic.twitter.com/TeNEvKhAqg

— Alfredo Romero (@alfredoromero) July 21, 2017

Os organizadores da greve, convocada contra a proposta de Maduro para a eleição de uma Assembleia Constituinte, falam numa adesão de 85%.

Os protestos merecem o elogio do diplomata venezuelano na Organização das Nações Unidas, Isaías Medina, que pediu demissão e fala em “reiteradas e sistemáticas violações dos direitos humanos” e em “crimes contra a humanidade durante os últimos cem dias.”

“O que despertou a minha resposta e as minhas ações foi a violência, a morte de estudantes. A resposta agressiva do Governo a uma manifestação pacífica. Este é o ponto de não retorno, não negociável”, lamentou o membro da missão diplomática venezuelana na ONU.

Através das redes sociais, o embaixador da Venezuela na ONU, Rafael Ramírez, condenou as declarações e a postura de Medina.

Rechazó categórica y contundentemente las declaraciones y posición asumida por el ex-funcionario de nuestra Misión en La ONU Isaias Medina.

— Rafael Ramirez (@RRamirezVE) July 20, 2017

Condeno la conducta de Isaias Medina. Inmediatamente lo hemos relevado de sus funciones. No nos representa. Ha actuado de manera deshonesta

— Rafael Ramirez (@RRamirezVE) July 20, 2017

Ao jornal “Público”, o chefe da diplomacia portuguesa disse que os homólogos da União Europeia estão a preparar uma nova declaração conjunta sobre a Venezuela. Para já, Augusto Santos Silva recusa divulgar publicamente a posição de Portugal em matéria de sanções, tendo em conta os 500 mil portugueses que se encontram no país.

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