A administração Trump apresentou esta terça-feira em conferência de imprensa, através do Presidente e dois senadores republicanos, Tom Cotton e David Perdue, o RAISE (Reforming American Immigration for Strong Employment) Act, a nova lei de imigração que visa reduzir o número de entrada de imigrantes nos Estados Unidos a cada ano.
Por ano são atribuídos mais de um milhão de green cards (vistos de residência e trabalho), mas Trump afirmou estar disposto a mudar as regras para que o tipo de imigração mude também.
It’s time to #RAISEAmerica by reducing legal #immigration levels and ending chain migration. pic.twitter.com/lvzmky6WUz
— RAISE Act (@TheRAISEAct) August 2, 2017
A exigência do domínio do idioma, a capacidade académica e laboral e a garantia de preparação para a auto-suficiência no país são algumas das alterações referidas por Trump, que disse também que esta nova lei, que espera ver aprovada em Congresso, foi desenhada para poder voltar a “dar à América a grandeza” que a administração Trump promete desde a campanha eleitoral e reforçar uma outra, a de voltar a ter uma América produtora e não largamente importadora.
O objetivo é cortar em 50 por cento, nos próximos dez anos, o número de imigrantes no país. A lei, uma versão revista da que foi apresentada em fevereiro, muda o sistema de atribuição dos chamados green cards ou vistos de residência.
“Este processo competitivo de candidatura favorecerá candidatos que falem Inglês, se sustentem financeiramente e às famílias e demonstrem capacidade para contribuir para a nossa economia”, declarou o Presidente em conferência de imprensa, na Casa Branca.
Trump acrescentou que a lei assegurará deste modo a assimilação, o sucesso e o atingir por parte dos imigrantes do sonho Americano.
O novo processo de candidatura muda do paradigma de favorecer os que já têm família no país para se centrar no contributo individual face aos Estados Unidos.
Uma outra alteração é a eliminação do Programa de Vistos de Diversidade Imigrante, um programa aleatório que permite a cerca de 50 mil pessoas residir permanentemente nos Estados Unidos a cada ano.
Há ainda um longo caminho a percorrer antes da aprovação da lei, que já foi criticada em fevereiro, inclusive por republicanos, quando apresentada pelos dois senadores a que Donald Trump agora se aliou.