Cientistas norte-americanos e sul coreanos conseguiram modificar genes responsáveis por doença cardíaca em embriões humanos, pela primeira vez.
Cientistas norte-americanos e sul-coreanos conseguiram modificar genes responsáveis por doença cardíaca em embriões humanos, pela primeira vez.
Na investigação, realizada no Centro para Células Embrionárias e Terapia de Genes da Universidade de Ciência e Saúde de Oregon, foi usada uma tecnologia conhecida como CRISPR, que abre novas fronteiras na medicina genética, graças à sua capacidade de modificar genes de forma segura e eficiente.
Os cientistas conseguiram corrigir uma mutação no ADN que provoca a cardiomiopatia hipertrófica. A doença atinge 1 em cada 500 pessoas e é das causas mais comuns para paragens cardíacas súbitas entre os jovens.
O trabalho pioneiro é um marco para a comunidade científica e pode impedir que as próximas gerações sofram de cardiomiopatia hipertrófica.
As aplicações em medicina são vastas e incluem a possibilidade de erradicar defeitos genéticos que estão na origem de doenças como o cancro da mama.
Contudo, os extraordinários avanços científicos que permitem modificar genes em embriões humanos para fins terapêuticos colocam muitas dúvidas éticas em cientistas e especialistas.