Homem foi detido pela polícia numa auto-estrada e ficou ferido durante a operação em que houve troca de tiros.
As forças de segurança francesas detiveram um homem suspeito que circulava no veículo usado na manhã desta quarta-feira para o ataque em Levallois-Perret, nos arredores de Paris.
A confirmação foi feita pelo primeiro-ministro Édouard Philippe.
Pouco passava das 08h30, uma hora menos em Portugal, quando seis elementos de uma patrulha antiterrorista foram atropelados.
De acordo com fonte da polícia de Hauts-de-Seine, citada pela AFP, os militares “não correm risco de vida” mas ficaram feridos na cara, joelhos, mãos e braços.
De visita ao hospital militar de Beguin, em Saint-Mandé, nos arredores de Paris, o ministro francês do Interior defendeu uma nova lei contra o terrorismo. Gérard Collomb foi acompanhado pela ministra da Defesa, Florence Parly.
“O veículo circulava devagar e a cinco metros dos militares, mais ou menos, o condutor acelerou de forma a poder atropelá-los. Por isso sabemos que se tratou de um ato deliberado, não acidental. Isso significa que as ameaças persistem de maneira significativa e que as nossas forças de segurança, os nossos militares continuam a ser alvos a atingir”, disse Gérard Collomb.
Avec Florence Parly, au chevet de nos militaires blessés, lâchement attaqués ce matin à #Levallois.
— Gérard Collomb (@gerardcollomb) August 9, 2017
Solidarité et soutien de la nation. pic.twitter.com/18XZpLLqYL
C’est la 8ème attaque contre nos forces de sécurité depuis janvier 2015. La menace reste extrêmement élevée dans notre pays.#Levalloispic.twitter.com/ShQIKso2TB
— Gérard Collomb (@gerardcollomb) August 9, 2017
Um polícia ficou ferido durante a detenção do condutor do veículo, também ele ferido na sequência de uma troca de tiros, na auto-estrada A16 entre Boulogne-sur-Mer e Calais.
Desconhecem-se, para já, as motivações do atropelamento.
O presidente da autarquia de Levallois-Perret, o conservador Patrick Balkany, em declarações à France Info, considerou “intolerável” e “vergonhosa” a “agressão” contra os militares.
As patrulhas antiterroristas são compostas por cerca de 10 mil militares, em todo o país, e foram mobilizadas em França após os atentados de Paris, em 2015.
O atropelamento ocorre quatro dias depois de um jovem de 18 anos ter tentado entrar na Torre Eiffel com uma faca, enquanto gritava “Alá é Grande”.