Detido suspeito de atropelamento de militares nos arredores de Paris

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De  Pedro Sacadura  com REUTERS
Detido suspeito de atropelamento de militares nos arredores de Paris

As forças de segurança francesas detiveram um homem suspeito que circulava no veículo usado na manhã desta quarta-feira para o ataque em Levallois-Perret, nos arredores de Paris.

A confirmação foi feita pelo primeiro-ministro Édouard Philippe.

Pouco passava das 08h30, uma hora menos em Portugal, quando seis elementos de uma patrulha antiterrorista foram atropelados.

De acordo com fonte da polícia de Hauts-de-Seine, citada pela AFP, os militares “não correm risco de vida” mas ficaram feridos na cara, joelhos, mãos e braços.

De visita ao hospital militar de Beguin, em Saint-Mandé, nos arredores de Paris, o ministro francês do Interior defendeu uma nova lei contra o terrorismo. Gérard Collomb foi acompanhado pela ministra da Defesa, Florence Parly.

“O veículo circulava devagar e a cinco metros dos militares, mais ou menos, o condutor acelerou de forma a poder atropelá-los. Por isso sabemos que se tratou de um ato deliberado, não acidental. Isso significa que as ameaças persistem de maneira significativa e que as nossas forças de segurança, os nossos militares continuam a ser alvos a atingir”, disse Gérard Collomb.



Um polícia ficou ferido durante a detenção do condutor do veículo, também ele ferido na sequência de uma troca de tiros, na auto-estrada A16 entre Boulogne-sur-Mer e Calais.

Desconhecem-se, para já, as motivações do atropelamento.

O presidente da autarquia de Levallois-Perret, o conservador Patrick Balkany, em declarações à France Info, considerou “intolerável” e “vergonhosa” a “agressão” contra os militares.

As patrulhas antiterroristas são compostas por cerca de 10 mil militares, em todo o país, e foram mobilizadas em França após os atentados de Paris, em 2015.

O atropelamento ocorre quatro dias depois de um jovem de 18 anos ter tentado entrar na Torre Eiffel com uma faca, enquanto gritava “Alá é Grande”.