Macron semeia a divisão no Grupo de Visegrado

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De  Nelson Pereira
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Macron negociou com a República Tcheca e a Eslováquia um acordo para a revisão da diretiva sobre os trabalhadores destacados em outubro

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O presidente francês Emmanuel Macron, defendeu esta quinta-feira, em Bucareste, que, se a directiva europeia sobre os trabalhadores destacados não for alterada, o “dumping fiscal” pode levar ao “desmantelamento da União Europeia”.

Macron assinou em Salzburgo na quarta-feira um acordo com a República Tcheca e a Eslováquia para a revisão da diretiva em outubro. Após o encontro com o chanceler da Áustria, Christian Kern, e os primeiros-ministros da Eslováquia, Robert Fico, e da República Checa, Bohuslav Sobotka, o presidente francês disse que as discussões sobre a reforma da norma comunitária de trabalhadores deslocados “marcam uma verdadeira etapa, um verdadeiro avanço rumo a um compromisso em outubro.”

Discussões fora das quais Macron teve o cuidado de deixar os renitentes: Polónia e Hungria. Caberá à República Checa e à Eslováquia convencer os dois renitentes do Grupo de Visegrado.

“Estou em sintonia com o presidente da República Checa e farei tudo para que estas posições sejam aceites por todo o Grupo de Visegrado”, disse o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico.

A França quer limitar a duração do trabalho deslocado a 12 meses, contra os dois anos previstos atualmente, e que os trabalhadores deslocados recebam no país anfitrião todas as remunerações compulsórias. A regra em vigor permite que as empresas paguem a estes trabalhadores, em grande parte dos países do leste europeu (em 2015, os polacos constituiam quase 25% do total dos trabalhadores destacados na UE), um salário que não seja superior ao mínimo do país de acolhimento, o que cria diferenças com os valores recebidos pelos locais.

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