Luxo e filantropia de mãos dadas em cinco destinos de sonho

Luxo e filantropia de mãos dadas em cinco destinos de sonho
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De  Antonio Oliveira E Silva
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Tudo é possível, desde trabalhar com crianças numa escola perto de uma floresta tropical a observar baleias e ajudar uma equipa de futebol local.

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É possível fazer uma viagem de férias diferente ao mesmo tempo que se tomam medidas socialmente responsáveis. Pode assim voltar-se a casa com o melhor dos dois mundos: uma boa recordação de um tempo bem passado e uma sensação de ter feito algo bom pelos outros ou pelo Planeta. Há vários grupos dedicados a este tipo de iniciativas.

Nicarágua: Bom rum, bom café e uma floresta tropical

A floresta da Nicarágua, na América Central, tem muito para ofecer. Esquecendo os lugares comuns, é impossível não sentir-se perdido no paraíso quando rodeado de natureza tropical, com lagos e vulcões incluidos, para não falar em bom rum e em bom café. A estância de férias Nekupe é uma opção a ter em conta.

Nekopen significa “céu” na língua chorotega, falada pelas comunidades locais. A estância fica situada em no meio da natureza, numa terreno de 1300 hectares.

À espera do viajante encontram-se, por exemplo, a chamada suite presidencial, com oito quartos, que ocupa 120 metros quadrados, com direito a porteiro e a um guia do parque que o ajudará a recuperar o contacto perdido, quem sabe, com a natureza.

Nekopen é um hotel criado por uma ONG com o objetivo de ajudar a comunidade local. Os donos são filantropos conhecidos no país. Anteriormente, fundaram a fundação Americano-nicaraguense para a Redução da Pobreza. Alfredo Júnior e Theresa Pellas acreditam que a existência de um diálogo constante entre os que visitam a Nicarágua e os residentes ajuda ao estabelecimentos de laços com o país.

Por isso, se tiver vontade de deixar a rotina e ir até à Nicarágua para algum trabalho de voluntariado, este é o lugar para si. E claro, a ajuda financeira é sempre bem-vinda, assim como o são as ideias.

África do Sul: a reserva dentro de uma reserva

Na África do Sul, é possível visitar a Reserva Natural Walker Bay, não muito longe da Cidade do Cabo, na província de Cabo Ocidental. Nessa mesma reserva, procure a Grootbos Private Nature Reserve, uma reserva dentro da reserva que é também um destino de luxo. Gerida pela ONG Grootbosfoundation, da família Lutzeyer, são 2500 hectares de terra, onde uma equipa comprometida com a proteção da natureza proporcionada estância de sonho através da sua fundação.

Há muito para fazer. Mergulhar nos oceanos com uma jaula que o protege dos tubarões, observar baleias e montar a cavalo são algumas das atividades propostas. Há ainda locais de cortar a respiração para passeios ao ar livre e jardins biológicos para conhecer. Produz-se mel (claro que é orgânico) e fazem-se velas. Atividades em que pode participar. Ah: além disso, pode ajudar com os treinos da equipa de futebol da fundação.

A reserva natural Grootbos propõe várias atividades no âmbito do eco-turismo, desenvolvimento desportivo e educação. São projetos e ciclos de formação destinados a apoiar jovens adultos, à investigação relativa ao meio ambiente e ao desenvolvimento de centros de proteção à primeira infância. São também bem-vindas doações, seja uma canoa ou uma bola de futebol.

Índia: Locais para todos os gostos

Há diferentes empresas dedicadas ao turismo de luxo no mercado, incluindo “Os Artesãos do Lazer”, que trabalham com as organizações locais para desenvolver projetos de cooperação. As viagens de luxo podem ser facilmente personalizadas e os destinos são dos mais variados tipos. Podem também ser conhecidas escolas e hospitais, no quadro de projetos relacionados com a ajuda a crianças com dificuldades psicomotoras.

Se conhecer uma família que precisa de ajuda, pode doar-lhes um barco, por exemplo, uma vaca ou qualquer outro elementos que possa mudar-lhes a vida. Pode passar uma tarde com as crianças, que lhes ensinarão os nomes de todos os animais, das vacas, dos cães e das cabras. Neste caso, o seu destino é a Índia. Um país cheio de oportunidades.

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Pode também pernoitar num dos hotéis da rede Lemon Tree Hotels, onde pessoas com dificuldades físicas trabalham como assistentes. A direção dos hotéis emprega pessoas com dificuldades psíquicas e motoras, mas também indivíduos em dificuldades financeiras. Uma oportunidade para aqueles que tiveram problemas grandes, que se vão resolvendo ou apaziguando através de pequenos gestos.

Depois, há também a possibilidade de ajudar animais. Cada um dos hotéis tem, por exemplo, um animal de companhia adotado. Um dos estabelecimentos chegou mesmo a nomear um dos animais de companhia como membro da administração do hotel!.

Nova Zelândia: observar baleias

Um dos melhores locais do mundo para obsrevar baleias é a Nova Zelândia, onde há mesmo uma afinidade entre a população e estas criaturas que tanto nos fascinam. Na Nova Zelândia, o povo Māori tem uma existência intimamente ligada a estes grandes mamíferos. Segundo a lenda um antepassados dos Māori chegaram às ilhas que hoje são a Nova Zelândia nas costas de uma baleia.

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Nos nossos dias, há uma empresa conhecida por fazer turismo de observação de baleias, na localidade de Kaikoura, comunidade fundada em 1987 por um grupo de famílias. A comunidade jogou um papel fundamental na prevenção da pobreza na região. Kaikoura é uma das empresas de turismo ecológico mais importantes da Nova Zelândia, a Whale Warch Kakikoura.

Equador: Todos a bordo

Na América do sul, a viagem é de luxo e faz-se de comboio. Uma viagem durante a qual a responsabilidade social não é esquecida. O Tren Ecuador leva o viajante a terras de volcões e florestas tropicais, ao mesmo tempo que educa os turistas acerca de importância dos ecossistemas.

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A empresa encarregue de fazer os trajetos aceita colaborações e projetos com hotéis geridos localmente, o que acontece também no caso de cafés e restaurantes.

As locomotivas a vapor levam-nos a locais património da Humanidade da UNESCO e páram em pequenas localidades onde pode conhecer o trabalho de artesãos. Visita-se também uma quinta ou fazenda local, uma hacienda. Tudo e produzido pelos habitantes da região e cada viagem contribui para a existência de cerca de 5 mil postos de trabalho em pequenas comunidades locais.

Para mais detalhes, consulte Responsible Travel.

Com Doloresz Katanich

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