Odinga rejeita novas eleições presidenciais sem "garantias"

Entre críticas à Comissão Eleitoral do Quénia, o líder da oposição, Raila Odinga, enunciou, perante a imprensa, as condições para participar nas próximas eleições presidenciais.
Um escrutínio “livre”, “justo” e “credível” é essencial, ao qual se soma, para Odinga, a condição de uma auditoria do sistema eletrónico da comissão eleitoral (IEBC).
A oposição insiste que o sistema de transmissão de resultados das presidenciais recentes foi pirateado.
“Não participaremos nas eleições de 17 de outubro se não existirem garantias legais e constitucionais, porque não cometeremos de novo o mesmo erro. Esperamos resultados diferentes”, disse, em Nairobi, Raila Odinga, na presença dos principais líderes da coligação da oposição NASA (Super Aliança Nacional).
Odinga quer ainda reformas na Comissão Eleitoral.
Na resposta, o Presidente cessante, Uhuru Kenyatta – declarado vencedor das presidenciais pela comissão eleitoral – criticou o rival por dizer que a oposição não foi consultada sobre a data das novas eleições.
Na sexta-feira, o Supremo Tribunal anulou os resultados das eleições de 08 de agosto, reconhecendo a existência de “ilegalidades e irregularidades”, conforme denunciado pela oposição.