Comunidade Internacional pressiona Camboja

Os Estados Unidos prometem pôr fim ao apoio dado ao Comité eleitoral nacional do Camboja. É a resposta à dissolução do principal partido da oposição decretada pelo Supremo Tribunal do país, mas Washington admite ir mais longe.
United States is gravely concerned that #Cambodia dissolved main opposition party #CNRP on baseless, politicized allegations. Cambodia should reverse course: undo dissolution, free
KemSokhaCNRP</a>, and respect multiparty democracy as enshrined in Cambodia's constitution. <a href="https://t.co/wjdye6hH8J">pic.twitter.com/wjdye6hH8J</a></p>— Heather Nauert (
statedeptspox) November 17, 2017
A União Europeia também já criticou a decisão tomada a oito meses das eleições gerais e alerta para as consequências comerciais que o país dirigido há mais de três décadas anos pelo primeiro-ministro, Hun Sen, pode vir a enfrentar.
O PRNC, Partido do Resgate Nacional do Camboja foi acusado de traição e de conspiração com agentes estrangeiros para derrubar o Governo. Acusações que, também, recaem sobre o líder da formação detido desde setembro e que incorre numa pena que pode chegar aos 30 anos de prisão. O PRNC diz que tudo não passa de uma manobra política do primeiro-ministro para acabar com a oposição. Uma opinião partilhada por vários analistas.
#CNRP spokesman Yim Sovann on the Supreme Court decision to dissolve the opposition party #Cambodiahttps://t.co/JyHv52e9iypic.twitter.com/ktgF9jq8v3
— The Phnom Penh Post (@phnompenhpost) November 16, 2017
Indiferente às críticas, Hun Sen que dirige o Camboja desde 1985 insiste que as eleições agendadas para julho de 2018 vão decorrer como previsto. O país organizou as primeiras eleições democráticas com a ajuda da ONU em 1993, ao fim de mais de duas décadas de uma guerra civil onde forma mortas cerca de dois milhões de pessoas.