Comunidade Internacional pressiona Camboja

Comunidade Internacional pressiona Camboja
De  Lurdes Duro Pereira  com LUSA, REUTERS, EFE

O Supremo Tribunal do Camboja anunciou a ilegalização do PRNC - Partido do Resgate Nacional do Camboja - o principal partido da oposição. Os 118 elementos da formação foram proibidos de exercer qualquer atividade política por um período de cinco anos.

Os Estados Unidos prometem pôr fim ao apoio dado ao Comité eleitoral nacional do Camboja. É a resposta à dissolução do principal partido da oposição decretada pelo Supremo Tribunal do país, mas Washington admite ir mais longe.


A União Europeia também já criticou a decisão tomada a oito meses das eleições gerais e alerta para as consequências comerciais que o país dirigido há mais de três décadas anos pelo primeiro-ministro, Hun Sen, pode vir a enfrentar.

O PRNC, Partido do Resgate Nacional do Camboja foi acusado de traição e de conspiração com agentes estrangeiros para derrubar o Governo. Acusações que, também, recaem sobre o líder da formação detido desde setembro e que incorre numa pena que pode chegar aos 30 anos de prisão. O PRNC diz que tudo não passa de uma manobra política do primeiro-ministro para acabar com a oposição. Uma opinião partilhada por vários analistas.


Indiferente às críticas, Hun Sen que dirige o Camboja desde 1985 insiste que as eleições agendadas para julho de 2018 vão decorrer como previsto. O país organizou as primeiras eleições democráticas com a ajuda da ONU em 1993, ao fim de mais de duas décadas de uma guerra civil onde forma mortas cerca de dois milhões de pessoas.

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