Repressão policial contra a oposição provoca mortos

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De  Francisco Marques
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Um jornalista da AFP viu três jovens mortos a tiro após ação da polícia; autoridades falam em cinco mortos vítimas de civis.

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Pelo menos três pessoas terão sido mortas a tiro esta sexta-feira na capital do Quénia, na sequência de uma operação policial para reprimir uma concentração de apoiantes do líder da oposição.

As autoridades, por outro lado, adiantaram a morte de cinco pessoas vítimas de civis por estarem alegadamente a cometer saques durante uma manifestação não autorizada.

A concentração foi convocada pela Super Aliança Nacional (NASA) e juntou milhares de pessoas para saudar Raila Odinga. Após uma viagem aos Estados Unidos, o rival presidencial regressou a Nairobi após novo triunfo de Uhuru Kenyatta na contestada repetição do mês passado das presidenciais de oito de agosto.


A polícia abriu fogo e, de acordo com um fotógrafo da France Press, terá atingido mortalmente três jovens. O jornalista garante ter visto os três corpos baleados na zona do tronco.

Sobre os cinco mortos reportados pelas autoridades não foram divulgados detalhes.

Depois de ter anulado o escrutínio de oito de agosto e ter ordenado um segundo sufrágio, que decorreu a 26 de outubro sob boicote da oposição, o Supremo Tribunal tem previsto para segunda-feira uma nova decisão sobre as eleições de 26 de outubro, que Kenyatta venceu tendo como rivais apenas candidatos minoritários.


Os apoiantes da NASA protestaram contra a repetição das presidenciais e, em alguns condados, chegaram a impedir a votação, por considerarem não existirem garantias de que o escrutínio fosse democrático.

A coligação da oposição boicotou as eleições porque entende que a Comissão Eleitoral não realizou as reformas que considerava necessárias para não se repetirem as irregularidades que levaram à anulação dos resultados das eleições de oito de agosto.

Os apoiantes de Odinga prometem não parar de protestar se a vitória de Kenyatta for agora confirmada.


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