Depois de um hiato de seis anos, o judo está de volta à Holanda.
Depois de um hiato de seis anos, o judo está de volta à Holanda. A cidade de Haia recebe o último Grande Prémio do Circuito Mundial da Federação Internacional da modalidade.
A mulher da jornada desta sexta-feira foi a jovem de 17 anos Daria Bilodid. Impôs-se sobre a cazaque Otgontsetseg Galbadrakh na final de -48kg.
A jovem ucraniana surpreendeu a rival no “ponto de ouro”. Conseguiu um “waza-ari”, aliado a uma destreza inteligente dos pés, que lhe valeu a primeira medalha de ouro num Grande Prémio.
Bilodid tem certamente um futuro brilhante pela frente, mas por agora poderá saborear o gosto da vitória.
O ministro holandês da Saúde Pública e do Desporto, Bruno Bruins, atribuiu-lhe a medalha de ouro.
“Perdi no Campeonato do Mundo Sénior e fiquei desapontada. Depois disso, organizei um plano especial com os meus treinadores e foi muito difícil preparar-me. Estou satisfeita por ter conseguido. Venci, mas sei que o futuro será difícil”, disse Bilodid.
O turco Bekir Ozlu impôs-se sobre o britânico Ashley McKenzie e converteu-se no homem da jornada.
Uma mudança de rumo na final da categoria de -60kg permitiu-lhe conseguir um “ippon”, deixando o rival estendido e abrindo o caminho para levar a medalha de ouro.
Recebeu a medalha da mão de Rudmer Heerema, deputado responsável pelo desporto e educação na Holanda.
A Mongólia conseguiu um ouro na categoria de -66kg depois de Baskhuu Yondonperenlei se impor, por “ippon”, sobre o rival russo.
O Kosovo levou para casa os dois últimos ouros a jogo da jornada, graças a Nora Gjakova, na categoria de -57kg, e a Distria Krasniqi, na de -52kg, emocionando o público holandês adepto da modalidade.
“A Holanda tem, está claro, uma grande herança no judo. Tornou a modalidade conhecida no mundo. Durante muitos anos tivemos um Grande Prémio no qual competi e venci algumas vezes. Tenho muito boas memórias. Não só de vitórias, mas também do público holandês. Adoram judo. Penso que é muito importante que o Grande Prémio esteja de volta à Holanda”, sublinhou Dennis Van Der Geest, campeão do mundo (2005).
A única oportunidade da jornada para a Holanda conseguir uma medalha esfumou-se com o golpe do dia. O mongol Amartuvshin Dashdavaa contra-atacou, de forma brilhante, o jovem holandês Roy Koffijberg na luta pelo bronze na categoria de -60kg.