O Bangladesh e Myanmar iniciaram negociações com vista ao repatriamento dos mais de 600 mil rohingyas que foram obrigados a fugir da antiga Birmânia.
A União Europeia e a China apoiam as iniciativas do governo do Bangladesh com vista a encontrar uma solução para a crise.
A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, assim como outros ministros dos Negócios Estrangeiros visitaram este domingo o campo de refugiados de Kutupalong.
“Mais do que pressionar, diria que a nossa abordagem sempre foi e continua a ser abrir o espaço para a negociação. É da responsabilidade das autoridades encontrar soluções e a comunidade internacional indicou algumas, especialmente o plano de Kofi Annan, e Aung San Suu Kyi comprometeu-se a implementá-las e estamos aqui para apoiá-la nesse sentido”, afirmou Mogherini.
O próximo destino do périplo asiático de Mogherini será justamente Myanmar onde se reunirá com a líder de facto do governo birmanês, Aung San Suu Kyi, para evocar a crise dos rohingyas. Uma reunião que o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros já efetuou este domingo.
O último relatório, do grupo de coordenação intersetorial da ONU, dá conta da chegada de 620 mil rohingyas ao Bangaldesh em dois meses e meio.