Brexit: estatuto da fronteira na Irlanda já causa disrupção na ilha

Brexit: estatuto da fronteira na Irlanda já causa disrupção na ilha
De  Isabel Silva
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Um dos temas mais difíceis na negociação do Brexit é que tipo de fronteira se vai estabelecer entre a Irlanda do Norte, território britânico, e o resto da ilha, que constitui a República da Irlanda e que vai continuar a ser um Estado-membro da União Europeia.

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Um dos temas mais difíceis na negociação do Brexit é que tipo de fronteira se vai estabelecer entre a Irlanda do Norte, território britânico, e o resto da ilha, que constitui a República da Irlanda e que vai continuar a ser um Estado-membro da União Europeia.

“O Reino Unido tem de propor soluções mais credíveis em termos da implementação do Acordo de Sexta-feira Santa, que é a base da paz na ilha da Irlanda, e em termos da gestão das questões fronteiriças. Não temos ainda propostas credíveis sobre isso”, disse, à euronews, Simon Coveney, chefe da diplomacia da República da Irlanda.

As consequências de uma negociação que se arrasta começam já a sentir-se, como explica Michael Brody, gestor da uma empresa familiar de criação de patos, que trabalha com fornecedores e clientes dos dois lados da fronteira.

“Tivemos que negociar ajustes de preços com os clientes no Reino Unido, para onde vendemos 45% do que produzimos. Temos fornecedores dos dois lados da fronteira, mas desde o referendo do Brexit, tivemos que passar a trabalhar apenas com os que estão a sul da fronteira”, disse o empresário.

Londonderry é uma das cidades mais famosas da luta entre separatistas e unionistas, que terminou com a assinatura do Acordo da Sexta-feira Santa, em 1998.

“A ponte da paz foi construída nesta cidade da Irlanda do Norte muitos anos depois de o acordo da Sexta-feira Santa ter sido assinado, para simbolizar a reconciliação. Naquela altura, ninguém podia antecipar o Brexit. Agora, as pessoas temem que uma fronteira rígida ponha em risco as perspetivas económicas da região, mas também o próprio processo de paz “, refere a enviada da euronews, Efi Kotsoukosta.

Mais de 3500 pessoas morreram no conflito que durou quase quatro décadas.

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