A ajuda alimentar começa finalmente a chegar ao Iémen

Cinco toneladas e meia de farinha foi a primeira carga de ajuda alimentar que chegou este domingo ao porto de Hodeida, no Iémen, desde que há três semanas a Arábia Saudita – que lidera a coligação de luta contra os rebeldes Hutis – tinha bloqueado todos os acessos ao país.
Stephen Anderson, do Programa Alimentar Mundial, diz que a prioridade é manter o fluxo de alimentos através dos corredores de assistência humanitária, para socorrer cerca de sete milhões de pessoas consideradas como muito próximas da situação de fome”.
Após os sucessivos apelos da ONU, a coligação tinha anunciado na quarta-feira a abertura do porto de Hodeida e do aeroporto de Saana para o transporte de ajuda humanitária fretada pela Unicef.
Para além de alimentos, chegou por avião uma carga de medicamentos nomeadamente vacinas contra a difteria, o tétano e de prevenção de outras doenças.
Às cerca de nove mil pessoas mortas pelo conflito, juntam-se mais 2000 dizimadas pelo do surto de cólera que atingiu o país desde o início do ano.
O Iémen conhece uma das piores crises humanitárias de que há memória, mergulhado desde 2014 num conflito entre os rebeldes hutis e as forças leais ao presidente Abd Rabbo Mansour Hadi.