Fontes ligadas ao movimento Houthi adiantaram que as suas milícias travaram o veículo do antigo presidente do Iémen nos arredores da capital Sanaa com um lança-rocket e dispararam vários tiros.
A morte de Ali Abdullah Saleh foi esta segunda-feira confirmada por familiares do antigo presidente do Iémen, após circularem nas redes sociais imagens do corpo do ex-governante.
Fontes ligadas ao movimento Houthi adiantaram que as suas milícias travaram o veículo do antigo presidente nos arredores da capital Sanaa com um lança-rocket e depois dispararam vários tiros.
A morte foi o preço a pagar por Saleh na sequência da sua mudança de posição no conflito, ao trocar no último fim de semana a aliança forjada com os Houthi por uma aproximação à Árábia Saudita, que lidera a coligação anti-rebelde no Iémen desde 2015.
Este sábado, Saleh mostrara a sua disponibilidade para uma "nova página" com os sauditas, caso estes cessassem os ataques a civis iemenitas e levantassem o bloqueio.
A capital do país continua a ser abalada por confrontos entre os Houthi e as forças leais a Saleh, mas o desaparecimento do político que liderou o país durante mais de três décadas é um reforço da posição do movimento.
A guerra no Iémen já causou mais de 8.000 mortos e cerca de 58 mil feridos desde 2015, segundo a ONU, que identificou no país “a pior crise humanitária do mundo”.