Depois do anúncio de Donald Trump sobre Jerusalém, o Hamas apelou a uma nova intifada.
O Hamas, apelou, esta quinta-feira, a uma nova intifada. O movimento islâmico palestiniano pede que se inicie uma revolta contra Israel um dia depois de Donald Trump, reconhecer Jerusalém como capital de Israel.
"Façamos do oitavo dia de dezembro o "Dia da raiva", e o início de um amplo movimento de intifada, que será chamado de liberdade para Jerusalém e Cisjordânia, enquanto libertamos Gaza", afirmou Ismail Haniyeh, líder político do Hamas.
Na Faixa de Gaza, os residentes expressam raiva e frustração pela decisão do presidente dos EUA que pode destruir a já por si frágil paz no Médio Oriente:
"Eu digo aos árabes que devem estar todos juntos e enfrentar os judeus, todos, jovens, velhos e mulheres, isto é um desastre", afirma Joma'a al-Dorra, residente de Gaza.
O Hamas matou centenas de israelitas durante um levantamento armado, no início dos anos 2000. Hoje, a capacidade deste grupo palestiniano, de realizar ataques, é mais limitada.
Quarta-feira, Donald Trump afirmava:
"Hoje reconhecemos, finalmente, o óbvio, que Jerusalém é a capital de Israel (...) Isto é mais do que o reconhecimento da realidade. (...) É algo que tem que ser feito. Com este anúncio reafirmo o comprometimento da minha administração com um futuro de paz", afirmou na quarta-feira o presidente dos EUA.
Ainda na quarta-feira, e depois deste anúncio, O líder político do Hamas, Ismail Haniye, tinha afirmado que a decisão de Trump não altera o estatuto "religioso, jurídico e administrativo" da cidade. Outro responsável garantia que a decisão "abre as portas do inferno".
Os palestinianos reivindicam Jerusalém Oriental como capital do futuro Estado da Palestina e mesmo a maior parte dos países da comunidade internacional não reconhecem Jerusalém como capital de Israel.