Ciclista britânico obrigado a provar que controlo antidoping positivo se deveu a tratamento para asma para evitar castigo
A hegemonia de Chris Froome no ciclismo atual tem sido evidente nos últimos anos mas o ídolo pode muito bem ter pés de barro. Froome está sob suspeita depois da União Ciclista Internacional (UCI) ter revelado que o britânico acusou níveis de salbutamol duas vezes superiores ao permitido num controlo antidoping efetuado na última Volta a Espanha, competição que veio a vencer.
O ciclista garante ter seguido os conselhos do médico para fazer face a um ataque de asma, doença que sofre desde criança, mas Luís Horta, antigo responsável da Agência Antidopagem Portuguesa, assegurou à Agência Lusa que não conhecia nenhum caso com uma concentração semelhante como resultado de um simples tratamento.
A UCI tem gerido o escândalo em torno da sua maior figura com pinças e por enquanto não tomou nenhuma medida, até porque a substância em questão não exige suspensão imediata. A pressão está toda do lado de Froome, que terá de provar que o controlo positivo foi consequência do uso terapêutico para evitar um castigo.
Caso a UCI decida a mesma sanção que aplicou a Diego Ulissi, nove meses de suspensão pelo uso da mesma substância, Chris Froome irá falhar a próxima edição da Volta a Itália mas poderá regressar a tempo do Tour.
Perderá também a vitória na última Volta a Espanha mas por enquanto a organização da Vuelta seguiu o exemplo da UCI e adotou uma postura cautelosa, limitando-se a referir que não recebeu nenhuma comunicação formal por parte do organismo que tutela o ciclismo mundial.