O ciclista britânico da equipa Sky garante que não violou as regras e que está a colaborar com a UCI para esclarecer o caso.
O ciclista britânico Chris Froome defendeu-se esta quinta-feira das suspeitas de doping, depois de ter sido noticiado na véspera que tinha acusado um controlo positivo à substância salbutamol, um bronco dilatador, realizado na última edição da Volta a Espanha.
O vencedor de quatro edições do Tour (2013, 2015, 2016 e 2017) e da última Vuelta asseverou que não quebrou as regras no consumo do seu medicamento para a asma.
"Posso entender muitas reacções das pessoas, especialmente tendo em conta a história da modalidade, mas acho que este é, obviamente, um caso muito diferente. Este não é um teste positivo. Eu tenho uma rotina muito clara de quando uso o meu inalador, quantas vezes o uso e tenho dado todas essas informações à UCI [União Ciclista Internacional] para ajudar a analisar a fundo este caso", disse.
Em entrevista à BBC, o ciclista da Sky relembrou que está na "décima temporada como profissional" e que sempre teve conhecimento das regras: "Sei quais são esses limites e eu... eu nunca ultrapassei esses limites".
Froome explicou ainda que não admitiu as suas debilidades com a asma na última Vuelta para não mostrar fraqueza perante os seus rivais.
"Continuo a manter aquilo que sempre disse: seguramente não infringi nenhuma regra. Não tomei mais do que a quantidade permitida do medicamento. Estou certo de que no final do dia a verdade irá ser reposta", concluiu.
A análise à urina de Froome realizada a 7 de setembro, após a 18.ª etapa da Volta a Espanha, revelou uma concentração de 2.000 nanogramas por mililitro, o dobro do autorizado pela Agência Mundial de Antidopagem (AMA), acrescentou a equipa britânica. O ciclista de 32 anos ainda não foi suspenso pela UCI.